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sábado, 2 de julho de 2011

Uma Viagem ao Coração

Por Robert P. Ocker

Estamos a atravessar um momento crucial na educação e na forma de criar as crianças.Um momento de mudança de paradigma. Há um sentir geral de que a pergunta de como criar e educar aos nossos filhos é a pergunta mais profunda com que nos enfrentamos hoje. A educação requer uma nova visão para as crianças do séc. XXI, oferecendo esperança e inspiração a todas as crianças do mundo. Esta visão pode ser encontrada nos sonhos das crianças. Precisamos de um entendimento profundo da vida humana para pôr em prática uma pedagogia compreensiva que sirva a Humanidade do novo milênio, esta Humanidade que, evidentemente, são as crianças de hoje. As crianças são o mais valioso tesouro, e nosso futuro depende do quão profundamente poderemos compreender esta vida humana.
Os educadores devem admitir que, assim como se exige uma transformação da atual estrutura social, também devemos exigir a transformação da arte da educação, a qual deve passar a brotar de uma fonte diferente. Decerto podemos fazer esta transformação uma vez que a arte da educação depende dos educadores.
Os educadores devem desenvolver um novo entendimento da natureza humana e oferecer orientação com base nele. Devemos dar às nossas crianças e estudantes a dádiva da nossa orientação, através de uma disciplina interna e de paz. Devemos perceber a verdadeira natureza das crianças, à medida que elas se desenvolvem e permitir-lhes o seu desenvolvimento como seres humanos. São eles quem deve escolher como a sua natureza e essência mudará na idade adulta. Os educadores do século XXI guiarão o desenvolvimento dos seres humanos oferecendo a dádiva da disciplina interior. Com sabedoria e conhecimento guiaremos as crianças de carácter para que se convertam em indivíduos responsáveis, engenhosos e amáveis.


Portanto, como educadores, devemos converter-nos nos pioneiros do paradigma – devemos rever os nossos conceitos sobre o significado, propósito e função da educação e apresentar uma nova forma de pensamento. Devemos ensinar as nossas crianças a como pensar e no que devem pensar. O nosso papel não é transmitir conhecimento, mas transmitir sabedoria. A sabedoria é o conhecimento aplicado.
Quando damos às crianças somente conhecimento, estamos a dizer-lhes o que devem pensar, o que supostamente devem conhecer e o que queremos que acreditem como verdade. Quando, porém, transmitimos sabedoria, não estamos a dizer o que elas devem saber ou o que é certo; estamos a guiá-las para que sejam elas próprias a procurar a sua verdade.
Certamente não podemos ignorar o conhecimento quando ensinamos sabedoria, pois sem conhecimento não há sabedoria. Certa quantidade de conhecimento deve passar de uma geração a outra, mas devemos permitir que as crianças o descubram por si próprias. O conhecimento, com frequência, perde-se, mas asabedoria nunca se esquece.
Eu imagino um sistema de educação baseado no desenvolvimento das capacidades e capacidades da criança, em lugar de desenvolver apenas a sua memória. As crianças são nossos guias; devemos dar-lhes a oportunidade de descobrir e criar as suas próprias verdades. O pensamento critico, a solução de problemas,a imaginação, a honestidade e a responsabilidade deverão ser o ponto de partida da educação das crianças do século XXI.
A minha visão do futuro da educação esta baseada no amor incondicional. Esta é a essência do novo ser humano. Nós, os educadores, devemos ter o cuidado de nos cercarmos de colegas que tenham o coração e a alma para educar as crianças de hoje, que serão os adultos de amanhã. A verdadeira educação deve preocupar-se com dar vida às pessoas. Nós, os educadores, prestaremos um extraordinário serviço à Humanidade se formos os pioneiros desta mudança. Devemos renovar o sistema educativo para o melhoramento da Humanidade. Se você, como educador, toma parte desta viagem ao coração, as crianças serão abençoadas e, com elas, o futuro de toda a Humanidade.