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terça-feira, 4 de maio de 2010

A Escola na Natureza


Respira... observa... escuta...

Sente...


Somos parte do planeta, a água que corre por nosso interior é o mesmo elemento água que vês na superfície e interior do planeta... É só um elemento água, o mesmo que os outros... Não estamos sobre o planeta, estamos dentro... Somos parte, uma peça do grande corpo ao qual pertencemos...


Com toda variedade que apresenta; reinos elementos, cores, aromas, texturas... Dá-nos uma grande diversidade disposta a aprendizagem que necessitamos.


Se quisermos uma cultura de paz, onde possamos reconhecer-nos entre todos os seres humanos, e seres viventes do planeta, isso se deve formar. Aprender a conviver não é possível senão convivendo. Se quisermos desenvolver a sociabilidade, precisamos permitir momentos de interações entre meninos e meninas. Se quisermos aprender a respeitar o planeta, o lugar onde vivemos, necessitamos gerar o espaço de convivência com ele.


A Sociedade atual está cada vez mais afastada da natureza, o que nos faz não entendê-la, vê-la como algo externo, sem conseguir participar dela, até mesmo temê-la.


A proposta de gerar uma escola na natureza, parte deste conceito: Que seja possível resgatar o vínculo natural com o entorno, voltar a assumir nosso planeta como um lugar, aprender a conhecer o funcionamento da natureza através da própria vivencia, sem ter que vê-la em um livro... É irônico ter que conhecer as árvores através de enciclopédias, sem termos a possibilidade de vivê-lo e desfrutá-lo. Cremos que a aprendizagem vivencial dá muito de si. Alem de comprovar a partir da nossa experiência, a geração de materiais didáticos com elementos simples da própria natureza. Ativa-se a criatividade, a capacidade de assumir desafios, tomar posições. Põe-se fim ao tema de fazer e fazer (ou comprar e comprar) brinquedos ou materiais para entreter-lhes, ou captar-lhes a atenção.


Em meio as arvores, sentados na grama, ou em seus bancos à céu aberto, estarão mais atentos as explicações e trabalhos, estarão livres, poderão respirar ar puro, sentirem a terra sob seus pés, isso lhes relaxa, concentra, lhes permite dirigir a atenção à aprendizagem. Estarão livres do stress comprovadamente gerado por estarem tanto tempo em uma cena sem “movimento natural”. O som da natureza é como uma musica suave de relaxamento... O canto de uma ave, ou várias... De repente, um animalzinho do meio natural que passa por perto, torna a ida à escola cheia de aventuras.


Cuida-se do espaço, limpando-o, aprendemos a manter a harmonia do lugar. Aprendemos o funcionamento dos ciclos naturais, o movimento do sol, estações do ano, o movimento da lua. Estes ciclos se vivem, se comprovam. Descobrimos que estamos cheios de vida ao redor e que cuidá-la alem de ser uma responsabilidade é um desfrute muito prazeroso. O conceito “ecologia” é algo que uma escola ao ar livre se vive dia a dia. As aulas se tornam interativas e todos os participantes se sentem a vontade.


Antes de começar a escola se realiza o reconhecimento do terreno, excursões, nas quais se vão definindo “os salões”; e uma vez definidos, o limpamos, nos acomodamos, nos conectamos com o espaço, com os elementais do lugar, os guardiães. Observamos a flora e fauna natural, a geologia do terreno, potencialidades, precauções, etc. Todo este trabalho faz parte do programa escolar.


Constrói-se (ou consegue-se), o material mínimo requerido, tais como mesas, cadeiras ou bancos. Também temos uma “casinha” na qual se guardam os materiais, cadernos ou livros que utilizamos.


Começa a aventura!!! Uma bela experiência de ir recorrendo os conteúdos do programa educativo com toda a contenção da própria mãe natureza. Segundo os conteúdos podemos mover-nos a diferentes espaços, utilizar os recursos com que o entorno nos brinda. Por momentos, podemos subir até um morro para completar um conteúdo, ou “abrir espaço aos números” em meio às arvores... Ou “encontrar” a arvore da poesia... O aprendizado é muito variado e estimulante.


Desenvolver a aprendizagem através de ambos os hemisférios cerebrais, aprendendo a conviver com a natureza e entre nós, respeitando as diferenças de idade, culturas, etc.


Cada espaço do planeta tem seus próprios desafios, é importante conhecê-los e ter a flexibilidade de adaptar-nos a eles, se a neve cai será uma experiência diferente, se pela manhã é muito frio, deveremos começar mais tarde, se é muito quente ao meio dia, então começamos mais cedo e assim... Este exercício nos leva a aprender a mover-nos de acordo com os ritmos da natureza, e a aprender que tudo é possível de realizar se nos ajustamos aos movimentos naturais. Termos a soltura e a flexibilidade e estarmos dispostos a mudança, talvez seja uma das mais ricas aprendizagens.


“A riqueza maior consiste em descobrir quanto potencial temos ao nosso redor e, saber como aproveitá-lo é um dom que se ativa quando aprendemos a desfrutar da experiência com a qual nos brinda a própria vida”.


Nosso interesse com este artigo é compartilhar uma vivência que para nós é muito rica e nutrida pela própria experiência. Estamos abertos a apoiar ou assessorar a quem busca uma experiência mais próxima ao natural, o espontâneo e variado que apresenta o meio ambiente quando adentramos nele...


Para informações escreva-nos no endereço: Info@EducacionEvolutiva.org


Documento pertencente à Rede de Educação Evolutiva.

Autoriza-se a reprodução, respeitando-se a fonte original:
Irdinave, Educación Evolutiva.
www.educacionevolutiva.org


Tradução: sandraferris@globo.com




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