Ney Yépez Cortés
Este artigo não pretende fazer um ensaio especializado
sobre a cura energética e suas variadas formas. Unicamente é testemunho de uma
fenomenologia que em várias oportunidades conheci, seja por experiência pessoal
ou por referencia: as crianças Índigo são curadores natos. Assim de
inquestionável espontaneidade. Não pretendo dizer com isto que todos os tipos
de Índigo são curadores energéticos, mas sim uma alta porcentagem.
Por outro lado, tenho constatado em meu consultório
que estas crianças são especialmente receptivas
as terapias de tipo energético, desde o Reiki (cura por imposição das
mãos) até o Qigong (gimnasia respiratória taoísta ), passando pelo Tui Na
(massagem energética), o Shiatsu (digitopuntura japonesa) e a meditação
terapêutica).
Comecemos por definir o termo “curador”. Seu conceito
está distante da idéia de “curandeiro” ou de “feiticeiro”, se bem que assim foi
chamado em tempos remotos. Na acepção que se usa hoje em dia, o curador é um
terapeuta ou facilitador que permite a transmissão ou canalização de energia
curadora do universo para o paciente. Para isto tem que partir do postulado de
que todas as coisas no cosmos são regidas, ou melhor, estão imersas em uma
energia, que é inerente e intrínseca a todos os seres. Esta energia se
manifesta de diferentes formas no plano tridimensional, algumas das quais são
matéria de estudo da Física, outras da Metafísica. Assim, o movimento implica
energia, igual a da temperatura e a eletricidade, do mesmo modo que os
pensamentos e os sentimentos. Tudo é energia.
Esta é uma força capaz de influenciar qualquer coisa e
a qualquer nível. Por este motivo incide nos campos elétricos, como no caso da
fotografia Kirlian, e nos campos magnéticos, podendo, por exemplo, influenciar no
deslocamento da agulha de uma bússola, como o faz a psíquica russa Kuligina.
Pode influenciar nas ações químicas (por exemplo, causar uma enfermidade ou
curá-la), em processos mentais (curando patologias mentais ou estimulando a
capacidade de meditação) e muitas outras coisas mais.
Pode-se argumentar muito sobre como denominar a esta
energia vital e de onde procede. Para uns autores procede de Deus, para outros
é impessoal, quer dizer, procede do universo. De igual forma, seu nome mudará
na mesma proporção das vertentes existentes sobre o tema. O nome em sânscrito
é; Prana; os hunas do Hawai a chamam Mana; os rosacruzes a denominam Nous;
Wilhem Reich a chama Orgon;para Reichenbach é Força Ódica e para Edgar Cayce é
Força Criativa; os chineses a chamam Qi (se pronuncia Chi); Ki para os
japoneses, e assim poderíamos completar uma lista enorme de palavras com
similar significado. Utilizam-se também termos como Força Cósmica, Energia
Criativa, Força Vital, Poder de Cristo ou Espírito Santo. Eu, do meu lado,
chamo a este poder simplesmente de A Força.
Por esta razão existem muitas escolas ou estilos de
cura energética, apesar de seu principio ser o mesmo. Por exemplo, se estudamos
o Reiki da escola tradicional japonesa o Usui Shiki Ryho, atualmente muito
difundido em todo o mundo, não observaremos maiores diferenças com os
princípios de cura prânica da Índia. O mesmo podemos constatar nos métodos
“ocidentais” de cura desenvolvidos pelos teraapeutas Gerald Loe, Dolores
Krieger ou Dora Kunz. Talvez se dêem pequenas variações em sua metodologia,
porem sua essência se mantêm.
Voltando as crianças Índigo, eles não se “complicam”
ao aplicar tal ou qual método ou por explicar sua origem. Como disse a
princípio, eles são curadores natos. Regem-se por sua intuição antes que por
sua metodologia definida, até certo ponto “imposta”. Seus dotes como
canalizadores de energia são espontâneos, quer dizer, necessariamente não tem
que ser aprendidas. Isto possivelmente se deve a sua vibração mais elevada que
as pessoas comuns. Isto não exclui que a potencialização seja ainda maior, caso
estudassem a administração da energia curadora de forma metódica e ordenada.
Conheci o caso de um jovem que se encontrava submetido
a grandes depressões de ordem emocional devido a diferença e choques freqüentes
com seu pai. Um dia se encontrava escondido em uma profunda crise de pranto no
pátio de sua casa, depois de uma discussão com seu pai. Sem perceber, sua
pequena irmã, com então, três anos de idade, se aproximou e lhe tocou a cabeça.
O jovem sentiu que sua tristeza se diluiu quase de imediato. Surpreendido
olhou-a e afirma, ate o dia de hoje, que percebeu nos olhos dela uma certeza,
como que sabia exatamente o que fazia.
Outro caso é o de uma mãe que sofria recorrentes cefaléias
e enxaquecas. Sua filha, de cinco anos de idade, em uma oportunidade lhe disse
“mamãe, não te queixes, eu vou te curar”. Em seguida colocou suas mãos sobre a
zona de sua nuca e realizou uma suave massagem de cima para baixo. A mãe
assegura que desde essa ocasião suas dores diminuíram gradualmente até
desaparecer.
Estes pequenos exemplos são indicadores que demonstram
que seus dons de curadores tem alcances em todos os “corpos” do indivíduo
(físico, mental, energético, áurico, etc.), tal qual se tratassem de Mestres de
Reiki completos. Isto se sustenta devido a que para a transmissão da energia
curadora só se necessita da vontade, da intenção.
Contudo, neste ponto quero advertir aos pais que
tiverem notado este dom em seus filhos Índigo, que por nenhum motivo se deve
“abusar” deste poder, quer dizer, converter as crianças em atração familiar ou
em fonte de lucro graças as suas curas.
Por princípio,
é uma irresponsabilidade permitir que um adulto, e muito menos uma criança, que
de forma espontânea maneja certos níveis de canalização energética, ponham a
“prova” estes dons com enfermos, como se fossem terapeutas treinados. Reitero a
importância do estudo sério e metódico, de qualquer forma conhecida de cura
energética, já que desta forma se evita o risco de absorver energia estática
residual dos enfermos. Todos os métodos têm técnicas para canalizar da melhor
maneira a energia, assim como para proteger ao terapeuta de possíveis
“contaminações”, para chamá-las de alguma forma, que podem chegar a ser muito
nocivas no plano físico e psíquico.
A administração energética não é um jogo. É um compromisso e uma grande responsabilidade. Eu
tenho testemunhado casos nos quais o curador, por falta de treinamento, por um
déficit em sua Força, pela presença de uma energia demasiado densa para ser
manejada sozinha, entre outras razões, começa a debilitar-se e inclusive chegam
a apresentar os mesmos sintomas que tem o paciente que estão curando.
Disciplinas como o yoga e as artes marciais ajudam a fortalecer A Força, porque
a pessoa se educa no manejo de sua energia mental e espiritual, polindo-se como
canal de transmissão e consequentemente, de cura.
Na mesma medida em que são excelentes canalizadores,
também são muito sensíveis a energia curadora que entra neles. Por isto é que
respondem de forma muito positiva a este tipo de terapias. Pode-se especular
eternamente sobre a razão para que isto aconteça, com argumentos que sustentam
teses de ordem esotérica, messiânica, genética, psíquica, entre outros. Minha
observação e seguimento de alguns casos me permitem afirmar, ainda que não de
forma absoluta, por suposto, que sua receptividade se deve principalmente a seu
nível de abertura dos chacras.
Elucidemos este ponto. Os fisiólogos ocidentais têm
limitado sua atenção a parte do corpo físico o suficientemente densa para que a
vejam os olhos, e a maior parte deles desconhecem provavelmente a existência do
grau dessa matéria, ainda física, ainda que invisível, que os teosóficos
denominam etérica. Esta parte invisível do corpo fisco é de suma importância,
porque é o veículo pelo qual as correntes vitais que mantêm vivo o corpo e
servem de ponte para transferir as ondulações do pensamento e a emoção desde o
corpo astral ao corpo físico. Sob certos estados de contemplação ou meditação
um indivíduo pode “ativar” suas qualidades clarividentes e perceber esse duplo
etérico como uma massa de neblina cinza violeta ou azul elétrica, debilmente
luminosa, que interpenetra a parte densa do corpo físico e se extende um pouco
mais alem deste. Esta é a primeira capa, a mais próxima ao corpo denso, que se
percebe na aura.
Os chacras são pontos de conexão ou união pelos quais
flui a energia de um a outro veículo o corpo do ser humano. Sob a visão
clarividente aparecem na superfície do duplo etérico na forma de depressões
semelhantes a tigelas ou vórtices. No homem comum se visualizam como círculos
de uns cinco centímetros de diâmetro que brilha não ofuscadamente. Nos adultos
de consciência elevada – que tem trabalhado arduamente buscando o despertar
destes centros com disciplinas como o kundalini yoga, o tai chi chuan, qigong e
a meditação, para citar alguns-, esses centros aumentam de tamanho e podem ser
vistos como refulgentes e brilhantes torvelinhos a maneira de pequenos sóis.
Em uma alta porcentagem de crianças Índigo os chacras
aparecem desta forma, como rodas ampliadas e luminosas, de forma indistinta
entre os sete básicos que tem o corpo humano, quer dizer, que uns estão mais
estimulados que outros. Isto explicaria sua receptividade exacerbada na
influencia energética do entorno. Também explica parcialmente as qualidades
Índigo, atribuídas a estas crianças.
Examinemos esta tese. Nosso desenvolvimento se move
para cima através destes chacras. Os seres humanos comuns são acostumados a atuar
baseados no primeiro (raiz) e segundo (esplênico) chacras, por meio da
satisfação dos instintos básicos e os desejos. Os Índigo que se alinham como
lideres políticos atuam em base ao terceiro chacra (umbilical), expressando seu
instinto de poder.
Os Índigo
que serão sábios e mestres mais evoluídos vêm ao mundo através do quarto chacra
(cardíaco), o do amor e a compaixão. Conforme se estimulam os chacras
correspondentes aos níveis mais altos, a experiência é mais profunda e ampla.
Por esta razão, quando se realiza uma terapia energética, se põe especial
cuidado ao trabalhar sobre o quinto (laríngeo), sexto (terceiro olho) e sétimo
(coronário) chacras. Estes estão relacionados, respectivamente, aos pensamentos
elevados, a visão interna e a consciência superior.
Com o
conhecimento dos Índigo em sua faceta de curadores energéticos, assim como de
pacientes deste tipo de terapias, se coloca o precedente do poder e por sua vez
da vulnerabilidade que eles tem. Uma correta assessoria neste campo poderá
potencializar responsavelmente suas qualidades inatas, tornando-se uma efetiva
contribuição para a nova humanidade.
Fonte: Consiencia
Índigo: Futuro Presente
Tradução do original
em espanhol: sandraferris@globo.com
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