Patricio
Pérez Espinoza
Todos e cada um de nós somos anjos
com uma só asa, e somente podemos voar abraçando-nos uns aos outros.
Violeta
Veliz
Falar
das profecias é curioso e interessante, mas quando tu és parte destas, as
coisas mudam. Este relato pretende incorporar de forma cronológica os episódios
que de alguma maneira ficaram gravados em um plano mais consciente ou
simplesmente porque foi mais fácil colocá-los em palavras. Como
profissional da psicologia e interessado em técnicas que permitam um apoio
eficaz nas diversas situações que atravessavam meus pacientes, recorri à teoria
de grande numero de escolas psicológicas que até esse momento tinham respaldo
científico. Neste conhecimento e sua aplicação faltava algo. Sem ter mais apoio
que minha esperança por obter mais conhecimento, um dia qualquer me sentei em
meu consultório e desde minha mente saiu esta necessidade carregada de
sentimento, foi uma força própria de alguém que necessita algo para vencer a
necessidade, antes que o tempo o transforme em ansiedade e frustração. Este
pedido foi ouvido, até o momento não sei por quem.
Surgiram
outras formas de ver a situação humana, cheguei a compreender que o humano não
é somente o relacional e comportamental, que alem das conhecidas áreas do
desenvolvimento humano existia outra: a espiritual, mesmo que até aquele
momento somente a havia tomado como força que utilizava naqueles pacientes onde
sua religiosidade tinha um significado importante em suas vidas.
Certo
dia chegou ao meu consultório um paciente de uns doze anos. Naquele tempo
realizava meu trabalho com processos pre-hipnóticos e hipnóticos. Quando
indaguei o possível acontecimento que motivou o trauma, surgiu do seu
inconsciente um relato que não tinha os conteúdos esperados; este relato se
referia a uma morte anterior que ele havia sofrido. Este fato me interessou
muito porque eu não tinha nenhum conhecimento anterior sobre reencarnação, no
entanto segui o processo e tentei investigar mais. Os elementos foram interessantes
e com estes dados averiguei se era verdade ou se os conteúdos eram produto da
imaginação da idade. Minha surpresa foi que ao estudar o caso, os fatos foram
validados no tempo e nos personagens descritos.
Esta
experiência foi reforçada por um texto que naqueles momentos contava as
situações vividas por um psiquiatra com seus pacientes, cujo tema era Muitas vidas, muitos mestres do Dr.
Brian Weiss. Ao ler o livro, comprovei o que havia acontecido com meu paciente;
desde esse momento nasceu para mim uma forma diferente de ver a psicologia;
comecei a trabalhar com a técnica de hipnose regressiva a outras vidas. Foi
assim que me aproximei, naqueles tempos, a outra forma de fazer psicoterapia.
O
diferente não era só conhecimento profissional, minha inquietude investigativa
foi crescendo e com está uma forma diferente de sentir a vida. Desde minha
experiência pessoal vivenciei situações que até este momento eram parte da
literatura de parapsicologia, como experiências fora do corpo, viagens astrais
e sonhos premonitórios.
Nesta
atividade, me encontrei especialmente com crianças que tinham muita facilidade
para lembrar cenas de uma vida anterior, contatar com seres de Luz, com anjos
guardiães. Alem disso, conseguiam entrar em estados meditativos sendo capazes
de realizar acontecimentos considerados como paranormais.
Indubitavelmente,
algo estava se passando, a diferença destes meninos e meninas com relação a nós
adultos era evidente; Do que se tratava? Quem são eles? Era apenas casualidade
o haver-me encontrado com estas crianças? Naquele momento só permaneci com o
fenômeno em si.
Posteriormente, conheci certas crianças com características
psicológicas diferentes ao considerado normal, chamados crianças Índigo, seres
de capacidade e condições extraordinárias.
O trabalho com estes meninos e meninas me
confirma que a mudança esta presente, que nós os adultos devemos deixar-nos
levar por esta energia sutil chamada Índigo; eles são os sábios, eles são os
velhos; somos nós que devemos aprender. Nós adultos somos responsáveis por
guiar de uma maneira adequada estas crianças, vêem as coisas de forma mais
sensível, respeitando mais a natureza e a todos os seres vivos. Farão com que
busquemos novos sistemas educativos, sociais, políticos e religiosos que se
agreguem a esse critério.
Os
resultados do trabalho psicoterapêutico com estes meninos e meninas são mais
rápidos porque eles reconhecem que são seres de amor, que vibram sob esta
energia, e que tudo que se afasta desta forma natural causa dano em sua
essência. O tratamento duro e distante do amor provoca neles isolamento, incertidão,
insegurança, falta de credibilidade no adulto, para eles é muito negativo não
ser entendidos.
Para
conseguir resultados é necessário envolver os pais e se possível os educadores
destas crianças. Já não podemos rotular a toda criança inquieta, que não presta
atenção a aula, ou que se distrai por hiperatividade ou déficit de atenção;
estes diagnósticos apressados marcam uma forma de ver a criança, sem ter em
conta seu entorno, mesmo que muitas vezes limite o tradicionalismo e a
monotonia. Pensar que o problema está nas crianças é mais fácil de aceitar, que
reconhecer que nosso sistema educativo está fora do tempo e o tipo de
metodologia já não válido para as crianças desta era.
Além do mais, se corre um grande risco ao ter como ferramenta de apoio, para os
chamados hiperativos, um remédio como a Ritalina, que pode causar vicio e
transformar a criança em um ser sem critério, que satisfaz as angustias e
necessidades de certos pais e mestres.
As crianças índigo necessitam que sua energia
esteja fortalecida e para isto é necessário que se contatem com a honestidade,
sinceridade e outros valores humanos, assim como encontrar seres que lhes
brindem estas maneiras de sentir e viver. Encontrar lugares onde se respire
vida, onde se respire amor, tudo isto lhes dá fortaleza e segurança, esta é a
essência deles e temos que aprender a respeitar-los e apoiá-los.
O
problema não está nas crianças, não são eles que têm que buscar o
psicoterapeuta por ser como são. Somos nós os adultos, os pais, os mestres, que
devemos entender que estas crianças trazem em seus registros um despertar da
consciência, uma nova forma de olhar a vida, eles são a mudança e a mudança é
agora.
Fonte:
Consciência Índigo Futuro Presente
Tradução:
sandraferris@globo.com
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