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quinta-feira, 28 de abril de 2011

O Trabalho Começa em Casa

Susana Jiménez

Para consultar-me, geralmente, chegam mães com filhos que tem problemas no colégio. A escola está se convertendo num lugar no qual os docentes se defrontam com uma nova geração de crianças, com sistemas educativos obsoletos, de inexperiência, desconhecimento, falta de recursos e outros fatores contrários que poderíamos seguir enumerando. Diante de tal situação os docentes pedem aos pais uma solução para a permanência do pequeno em suas aulas. Algumas destas soluções, como as terapias psicológicas, a ingestão de medicamentos ou terapias alternativas, tentam fazer do pequeno Índigo uma criança “normal”.

É fato que os sistemas educativos neste momento não são os mais idôneos, alem disso existem dois inconvenientes a mais para que seja ofertado a criança uma escola adequada. As escolas com técnicas alternativas de aprendizagem são escassas e as mensalidades são altas, muito acima do que uma pessoa de classe média, e já não diremos baixa, possa pagar.
Porem será realmente o colégio a causa dos conflitos? Ou estes têm origem em outro lugar?

Alem disso, de ser mãe, sou terapeuta e através de minha própria experiência como filha (Índigo adulta) tenho observado como a dinâmica familiar contribui para o desequilíbrio emocional do próprio filho, que se estende a outros âmbitos.

Uma criança, com pais intolerantes que gritam todo o tempo, terá problemas de falta de atenção, pois isto tende a fechar sua mente diante de situações desagradáveis de seu meio.

Se agregarmos a este ambiente o maltrato físico, seja uma palmada ou surra, a criança liberará a frustração e a raiva com outros: irmãos, amigos ou companheiros de colégio.

No entorno de uma criança hiperativa não há tempo para ela, seus pais sempre estão correndo; a paciência para deter-se e perguntar por suas necessidades não existe.

Relatarei minha própria experiência para exemplificar o anterior.

Cheguei ao mundo em uma família com um pai militar estrito e autoritário, uma mãe submissa obedecendo a ordens, porem ela também tinha subalternos, neste caso meus irmãos e eu. Aplicava-nos castigos verbais ou físicos se não seguíssemos suas instruções. Neste ambiente comecei o jardim de infância, me divertia o trabalho, porem não suportava os gritos da professora, pois esta era pouco tolerante para instruir inocentes, eu sonhava com a professora de outro grupo, doce e sorridente. Aqui começaram os problemas de falta de atenção, pois quando a professora ensinava algo pouco divertido ou me repreendia pensava em outras coisas para evadir-me, isso eu fazia muito bem, pois praticava diariamente em casa. Ao chegar a escola primaria minha mãe começou a receber notificações, pois eu conversava muito em classe. Fizeram a tentativa de mudar meu companheiro de carteira sem êxito, um professor qualquer atribuiu a isso meu ritmo de aprendizagem parecer mais rápido que o normal.

Um incidente doloroso aconteceu quando no 4º ano nos pediram que lêssemos algo sobre gramática; ao terminar, devíamos responder o questionário da lição. A matéria não era uma das minhas preferidas, pelo que busquei as respostas, ajudada por minha intuição sem ler tudo; como é de supor terminei o trabalho em muito pouco tempo, o entreguei a professora e para minha surpresa ela afirmou que eu devia ter as respostas com anterioridade; com certeza as havia resolvido em minha casa. Neguei de forma redundante; isto produziu sua raiva. Alem de acusar-me de mentirosa e de querer surpreendê-la, me exibiu diante de meus companheiros deixando-me parada de frente para a parede até depois do recreio. Com o tempo aprendi a postergar as coisas, a mensagem “ser o primeiro gera problemas” ficou bem gravada.

Sempre pensei no ridículo de escrever muitas vezes as frases para aprendê-las. Descobri então, que podia ver televisão ou escutar musica fazendo com que as tarefas se tornassem menos tediosas.

Em minha trajetória acadêmica passaram muitos professores: uns com os quais me entediava, me fechando como ostra e outros que despertaram meu interesse, como o de bioquímica que não deixava tomar notas em sua aula, porem fornecia sua cátedra contando-nos como as rotas metabólicas (nada simples) mantinham vivo nosso organismo, e cada tema o reforçava com um caso da vida real, para meu deleite. Terminei uma carreira de formação puramente científica, fazendo uso da minha intuição a maior parte do tempo, alguma pessoas me perguntam como pude cursá-la sem ser tão lógica. Boa pergunta.

Nunca fui aluna de melhores notas, porem consegui sobressair entre muitos.

O maltrato afetou o meu caráter; em repetidas ocasiões ao sentir-me agredida respondia com raiva, assustando-me inclusive de tal reação. Estes sentimentos reprimidos chegaram a emergir no trato com minha filha. Prometi-me uma e outra vez não seguir os mesmos padrões de meus pais. No entanto tive que enfrentar uma realidade dolorosa, havia demasiados sentimentos negativos contidos e quando sentia a situação fora do controle, acabava por bater em minha filha.

Minha forma de vida ate há pouco tempo era de muitos compromissos (hiperatividade); cheguei a ter três trabalhos ao mesmo tempo: dar terapia, fazer um curso, alem de ser esposa e mãe. Isto significava para mim uma forma de escapar de meus fantasmas, tendo o dia cheio de atividades não haveria espaço para os sentimentos negativos; ou pelo menos eu acreditava nisso, porque nos momentos de crise detonavam sem controle.

Com esta dinâmica familiar, minha filha se tornou agressiva, dominante, fazia tremendas birras se as coisas não saíssem como queria. Não tinha amigas; rejeitavam-na, pois queria impor sua vontade. Quando as coisas chegaram a este extremo começaram os relatórios em seu colégio, a professora se queixava de não poder controlá-la, não queria fazer os trabalhos, conversava demasiadamente em sala de aula e não queria brincar com outras crianças.

Isto foi o gatilho que me fez refletir e buscar uma solução não para minha filha, mas para mim mesma. Devia tirar de uma vez para sempre o lixo emocional armazenado em meu interior.

Então estive em terapia psicológica, meditação, terapia de regressão de vidas passadas, terapia floral. Depois destas três últimas, me tornei terapeuta.

O comportamento de minha filha foi mudando juntamente com o meu próprio. Ela não gosta muito de fazer planos e planos, algumas vezes se queixa da “rabugice” da professora, porem com uma mãe mais compreensiva e tolerante encontramos formas de solucionar estes pequenos inconvenientes.

Expliquei o anterior de forma reflexiva porque enquanto pais devemos entender a importância de dar a nossos filhos ambientes cheios de amor e compreensão. Não significa ser permissivos. Pode-se ser firme, mas por sua vez amoroso.

Devemos voltar e ver o passado, para aí detectar a forma como fomos tratados em nossa infância. Se nos encontramos diante de uma infância cheia de abandono, falta de amor, maltrato emocional e/ou físico, então aceitemos que há trabalho a fazer.

Este é o ponto de partida para ajudar a nossos filhos em todos os obstáculos que se apresentarão em seu caminho. Fala-se repetidamente de que os Índigos vêm para mudar a sociedade, e se a base mais importante dela é a família, é aí onde deve começar o trabalho.

Conheço várias famílias de Índigos onde mães começaram o trabalho com elas mesmas e pouco a pouco foram envolvendo os pais.

O trabalho deve começar em casa e a partir daí se estender a outros âmbitos. As sugestões que se seguem podem ajudar a nossos filhos no colégio.

1-      Converta-se em expert no tema Índigo. Asseguro-lhe que há muitas pessoas, sobretudo mães, dispostas a escutar, quanto mais sejam, poderão fazer trabalho de convencimento com os docentes.
2-      Amplie a comunicação com a professora da criança e pergunte-lhe sobre a forma como a criança se comporta em aula. Lembre-se que se ela esta tendo problemas, algo na dinâmica familiar esta faltando.
3-      Leve à diretora do colégio informação sobre as crianças Índigos. Hoje em dia pode-se encontrá-la facilmente através da Internet (neste livro há referencias de paginas na web). Sobretudo aquelas especificas para docentes.
4-      Converse com outras mães do colégio de seu filho, reúnam-se, troquem experiências, comprem livros que depois possam intercambiar. Podem sair idéias excelentes para ser exposta a professora.
5-      Tente, através da Internet, contatos com pessoas envolvidas no tema Índigo, pode, inclusive, encontrar pessoas com oficinas muito econômicas e inclusive gratuitas, e depois as coloque em contato com o colégio. Muitos docentes estão dispostos a ouvir sobre novas alternativas.
6-      Permita a seu filho ver televisão ou escutar musica enquanto faz as tarefas. Lembre-se que eles têm inteligências múltiplas, isto tornará a tarefa menos tediosa.
7-      No momento de fazer a tarefa pode ser divertido se brincarmos de escolinha onde a mamãe é a professora, e seus companheiros de classe são seus bonecos preferidos.
8-      Quando a criança não quiser fazer a tarefa, converse sobre o que irá acontecer em ambos os casos e permita-lhe assumir a responsabilidade de sua escolha.
9-      Caso a criança esteja hiperativa evite dar-lhe açúcar, pois isto acelera o metabolismo fazendo com que tenha mais energia.
10-  Quando uma criança sofre de falta de atenção é fácil trazê-la de volta tocando-a e olhando-a nos olhos, neste caso estão permitidos os doces (o cérebro consome uma grande quantidade de glicose, por isso a temperatura corporal diminui).
11-  Se a criança começa a tornar-se agressiva, leve-o para lavar as mãos e se possível o rosto também. Isto fará com que a temperatura elevada descenda quando a ira nos invade.
12-  Como ultimo recurso, tem-se a possibilidade de mudar seu filho de colégio, faça-o. Envolva a criança na escolha, ele irá agradecê-lo enormemente.

Deixei a mudança de colégio como uma ultima opção, pois em um ambiente familiar inadequado, essa medida de pouco ou nada servirá. É por isso que o trabalho deve começar em casa.

Para terminar, não foi por casualidade que trouxeste ao mundo um Índigo; já existia em nós energia suficiente para abrigar sua vibração. Cada vez que seu filho enfrentar qualquer problema, de qualquer ordem, lembre-se de sua própria vibração Índigo, esteja consciente dela ou não.

Nota. Neste artigo me refiro mais as mães, porque na maioria dos casos são elas que tem mais contato com as crianças e são geralmente as buscadoras de ajuda.

Fonte: extrato do livro Consciência Índigo, Futuro Presente.
Traduzido do original em espanhol por: sandraferris@globo.com


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