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terça-feira, 8 de junho de 2010

A Família na Educação Evolutiva

“Um núcleo de luz… ingressando no universo…

Mágica oportunidade de recriar a experiência divina de sermos DEUSES… criadores, gestores da vida…

União de seres humanos que selam uma grande aliança de vida, cheia de ensinamento e aprendizagens dispostos para ser compartilhados…

Uma Experiência na qual é AMOR a ENTREGA e a MANIFESTAÇÃO.

Apóia a vida que nutre a cada integrante da FAMÍLIA...



Ser pai e mãe é um grande presente…


Uma oportunidade de brindar-se desde o amor à contenção da vida do filho ou filha… No qual cada integrante da família descobre a magia do lugar que ocupa, no qual é sustentado e por sua vez sustenta aos demais. Assim cada um encontra seu espaço de pertinência na totalidade, a partir do qual vão se criando relações de harmonia e vínculos de paz.

Uma família é um grande ser... em que cada parte está representada por sua vez na totalidade; se conseguimos SENTIR esta consciência, então compreendemos que a dificuldade na qual transita um dos integrantes, seja o filho(a), a mãe ou o pai, está finalmente mostrando algo que desde o núcleo completo é preciso conectar e aprofundar. Desta mesma forma, quando uma parte dá um passo de realização em qualquer aspecto de sua experiência, a família inteira cresce com esse passo. Cada experiência é sempre uma oportunidade de crescimento e expressão de alegria e amor... expressão de vida.

A família é a base da educação, a fonte da qual se nutre e prospera a evolução da sociedade. A partir desta consciência é que reconhecemos que é a família a que realiza a transformação concreta, desde o aplicar as mudanças de consciência na experiência cotidiana que realiza. Pois na família a educação transcende a umas horas, ou a forma, a educação é permanente, em variadas atividades e meio ambiente, se dá a partir do vínculo, do exemplo, da vida mesma.

Certamente sempre escutamos dos mais velhos, “se quer que seu filho ou filha faça algo, primeiro faça você”. Isto é o que na educação evolutiva chamamos “ser um exemplo vivo em ação”.

E sempre somos um exemplo, mas nem sempre somos conscientes do TIPO DE EXEMPLO que somos. Diante dos meninos ou meninas, os adultos são uma referencia, e cada vez que queremos contribuir na educação dos meninos e meninas, necessitamos assumir essa mesma consciência educativa em nós mesmos.

Temos consciência de que todos os adultos são referencias educativas para os meninos e meninas, especialmente os pais, mães e os formadores. A educação dos meninos/as é algo que estamos fazendo permanentemente em cada ato que realizamos, é por isso que consideramos de vital importância que todos os implicados trabalhemos juntos.

Desde o núcleo que conformamos os educadores, pais e mães da educação evolutiva, trabalhamos profundamente em nosso processo interno para retificar em nós o padrão educativo que cada um sustenta.

O padrão educativo é uma forma de comportamento, como um hábito, desde o qual se estabelecem os vínculos com as demais pessoas que mantemos um processo formativo. Sua origem é por um lado o condicionamento social, genético, ancestral, cultural, político, que vai modelando o comportamento, e por outro lado a reação interna – inconsciente do ser ante as dificuldades da experiência. A soma de ambas as linhas (o próprio do entorno mais o interno que traz do ser), gera um novo “produto”: o padrão educativo: um molde desde o qual de forma inconsciente estabeleces as relações vinculadas ao educativo.

No caso das famílias, este padrão que sustentas como mãe ou pai, começa a impregnar a relação com seu filho ou filha, condicionando-lhes no vínculo que se estabelece. Posso ter a tendência de impor, a tendência de reprimir, a de deixar ser, a de desconectar-me, a de sobreproteger, ou de qualquer forma que ela se mostre, cada uma destas tendências vai-nos limitando no processo criativo de aprofundar o vinculo, pois nos mantêm com que na “periferia” da relação. E estamos falando de uma das relações mais profundas e decisivas no ser humano como o é a relação com nossos filhos e filhas.

Ser pai e mãe se aprende como tudo na vida, através da própria experiência... No entanto não é novidade de que precisamos de alguma ajuda para poder limpar esta relação, e não quer dizer que o estejamos fazendo “mal”... ou “bem”... Simplesmente que é possível, e muito possível, que o vínculo que estejas estabelecendo com teu filho ou filha, não tenha como resultado, ser um vínculo autêntico... Entendendo por autenticidade a expressão direta de teu ser, sem a carga própria da experiência vivida... Permitindo-nos transformar este grande condicionamento, não só é um enorme bem, mas talvez, venha a ser o maior presente e demonstração de amor aos nossos filhos e filhas, (posto que implique que possamos vir a ser guiados desde o coração, o qual lhes produz uma expansão de seu potencial de forma espontânea e criativa), alem do mais é para nós uma grande liberação de impedimentos e cargas de nossos antepassados, escolhendo realizar a função de ser pai ou mãe a partir da manifestação de nosso SER INTERNO, sem julgamentos, a partir da inocência e pureza do amor que se expressa.

Precisamos limpar-nos, Para poder nos relacionarmos mais facilmente e dessa maneira desfrutar da GOSTOSA EXPERIENCIA DE SER PAIS

Cada vez mais, o ritmo de vida que nos imprime a cidade nos distancia do ritmo natural do sol, das estações, da conexão com a natureza, e também, de sentir-nos educadores de nossos filhos, relegando esta função a escola. É assim, que em muitos casos se nota uma falta de coerência entre o que as crianças estão recebendo na escola e o que recebem em suas casas, descuidando ambos, docentes e pais ou mães a comunicação e a complementaridade para uma educação saudável, dando as crianças, uma educação integradora, no lugar da polaridade que muitas crianças estão vivendo atualmente.

É geralmente em casa que as crianças assistem a programas televisivos; filmes, Internet…, que os impregnam através do poder da imagem, de mensagens que em muitos casos vão contra a vida, produzindo cada vez mais a desconexão de si mesmo, dificultando-lhes reconhecer os dons que trazem, ficando vulneráveis e facilmente manipuláveis. É assim, quase sem dar-nos conta, que soltamos a educação de nossos filhos. Ocupamo-nos de que não lhes falte alimento, a melhor roupa, jogos, computador, celular e, todas as coisas materiais que a partir da desconexão temos acreditado imprescindíveis, esquecendo-nos do mais belo; desfrutar da função de ser pai e mãe, semelhante a um tempo atrás quando desfrutamos de ser filho ou filha.

Se nos trasladamos no tempo e nos vemos como meninos/as, podemos conectar-nos e dar-nos conta do que realmente foi importante para nós, tanto do que recebemos, como do que carecemos e ansiamos de nosso papai e mamãe, de que o mais importante para nós era senti-los presentes e sentir-nos olhados.

As crianças sabem que existem graças a seus pais e que deles depende seu sustento na vida, por isso é fiel a seus progenitores absorvendo tudo deles, assegurando-se assim do direito de pertencimento à família. Isto é algo que atua em um nível inconsciente e sempre pelo profundo amor que os filhos e filhas têm por seu pai e mãe. Isto rapidamente vai repercutindo em nossas relações e construções de vínculos em nossa vida, na qual vamos armando desde o compensar os vazios sentidos, ou o rebelar (o que não implica que estou acionando desde a consciência, mas sim desde um impulso inconsciente do ser). Tudo isso vai limitando a vontade e o propósito que sentimos em nosso interior como um pulsar que ativa o processo criativo na evolução de nossa vida.

Por tudo isso, a partir da consciência da educação evolutiva, faz-se um chamado as mães e pais, para que juntos eduquemos os meninos e meninas do novo tempo, recuperando os valores de nossos ancestrais, que sentiam a conexão com a terra, a grande mãe que nos acolhe, nos nutre, respeitando-a e cuidando-a. aqueles homens e mulheres sábias que observavam profundamente a cada criança descobrindo os dons em cada um, acompanhando-os e vivendo-os na totalidade do ser, entregando-lhes olhares de reconhecimento que nutram a confiança em si, podendo assim desenvolver-se livremente, experimentar a complementaridade entre as diferentes contribuições dos demais meninos/as, podendo assim, facilmente e de forma natural, evoluir desde o permitir-se Ser, sentindo-se valiosos e parte única e complementária de todas as peças que conformam a Unidade.

Sugestões de exercícios:

Nota: Ter água por perto para ir tomando (somente água). Se te surge uma emoção, observa-a e sinta-a, vê o que acontece com ela, e segue adiante. Não reprimas, permita que saia o que possa estar estancado.

* Procure um lugar cômodo e tranqüilo, onde saibas que não será interrompido/a e começa a respirar, a dar-se conta com ingressa o ar pelo nariz e como sai. Respires normalmente, mas dando-te conta de como acontece a respiração. Assim que te SINTAS tranquilo/a, olha para tua infância como se fosse um filme; com imagens, cenas, mas vá passando e observa a teu pai ou referente paterno (ou figura masculina que tiveste), sua atitude, a forma de comportamento que tinha contigo, como o vias… SEM JULGAR, simplesmente vendo e observando. Em seguida faça o mesmo com a figura materna.

Uma vez que tenhas observado a ambos, vê agora a si mesmo, como mãe ou pai e observa-te, sem julgar, simplesmente observa.

Em seguida, veja nessa tela uma luz dourada que invade todas as imagens e respiras essa luz pouco a pouco permitindo que ingresse em ti, preenchendo-te totalmente, até mais alem de si mesmo/a. Enchendo sua casa ou o espaço em que te encontras.

Ao terminar; dialoga com sua mente:

Aceita que a tua experiência tenha sido assim porque necessitavas assim, sem culpados nem culpadores, mas cheia de oportunidades de transformação para quando decidires transformá-la. E sempre está a tempo!!!

Se quiseres transformar e iniciar um caminho de consciência quanto ao padrão educativo, podes começar por dar-te conta que de forma inconsciente tens a “necessidade” de repetir a experiência de teus pais, seja qual for. Somente quando aceitares que em ti habita essa necessidade poderá aceitar então, que a podes transformar e soltar. Começa a dar-te conta dos hábitos que tenhas adquirido e quanto estás repetindo, e começa a aceitar que esses hábitos são passíveis de mudança. A cada dia, a cada instante com teu filho/a, é uma bela oportunidade de transformar esses hábitos.

*Olha nos olhos do seu filho/a, e fala-lhe por um momento expressando o que sentes no coração, sem pensar no que vai dizer... Permita-se conectar com seu coração e em seguida com o coração de seu filho/a através do olhar e SUSTENTANDO o olhar, deixe expressar o TEU SENTIR... Será um belo presente para ambos/as.

*Observa-te antes de decidir a “corrigir” algo em teu filho/a, se isso é uma necessidade tua ou pela conexão dele. Muitas vezes corrigimos a nossos filhos por uma necessidade nossa, que de forma precisa vemos neles.

*Caso seu filho/a esteja com alguma dificuldade, permita-se olhar em teu interior, quanto dessa dificuldade você tem também, quanto dele está expresso em ti, mas de outra forma. O que quer dizer a seu filho/a, através da sua atitude? Permita-se perguntar-te. É muito interessante as respostas que começam a EMERGIR de teu interior.

Finalmente recomendamos ler o artigo Apoiando a Educação Evolutiva para Todos, e no caso de ser possível, realizar a oficinadespertando familias”.


Estamos abertos para qualquer comentário para poder aprofundar.


Documento pertencente a Rede de Educação Evolutiva. A reprodução é permitida se respeitando a fonte original: Irdinave, Educação Evolutiva.
www.educacionevolutiva.org


Tradução: sandraferris@globo.com