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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Educando crianças Indigo e Cristais: Educando com o coração

por Celia Fenn

Educar uma criança Indigo ou Cristal é um previlégio especial nestes tempos de turbulência e mudança. Como um pai ou mãe, tu estás a contribuir para a fundação de novos padrões de educação de crianças no planeta. Estás a emparceirar com a tua criança para elevar a ressonância da relação entre pais/criança para o mais alto nível possível nestes tempos.
A criança Indigo ou Cristal veio ao planeta com a sua própria “missão”. Como um Indigo está aqui para desafiar formas e crenças existentes, e como um cristal está aqui para ensinar amor e o reconhecimento de plenos poderes. Vocês, como pais, são os parceiros nesta missão de ensinar e curar. Podem ajudar a vossa criança a realizar a sua missão começando por compreender o que é necessário de vocês. Como pais de um Indigo, podem esperar ser desafiados a cada esquina, mas tendo as técnicas para lidar com estes desafios vai-se criando uma relação mais fácil entre vocês e a vossa criança Indigo. Como pais de um criança Cristal, vão ter de lidar com uma força de vontade muito forte e lutas de poder frequentes. De novo, tendo as técnicas educativas para lidar com estes assuntos vai facilitar o crescimento e o desenvolvimento da vossa criança.

O Paradigma Velho de Educação

O Paradigma velho de educação simplesmente não trabalha com os Indigos e Cristais. E isto é esperado. Eles estão aqui para desafiar o paradigma velho e substitui-lo por um melhor. Por isso a maneira como vocês foram educados não irá trabalhar com eles. Vocês não podem repetir os vossos próprios padrões de educação – quer conscientemente ou subconscientemente. Como pais de uma Nova Criança, vocês teem de tornar-se conscientes do padrão particular de educação que escolheram.
O velho paradigma era baseado na sua maior parte em Poder e Medo. Os pais viam a criança como uma responsabilidade que tinha de ser assumida, e o cargo dos pais era ter a certeza que a criança era sustentada materialmente, educada e transformada em um adulto, tal como todos os outros adultos. A criança foi criada a temer castigos e a ver os pais, professores e outros adultos como figuras de poder. A criança foi ensinada por estas figuras de poder a aceitar as normas da sociedade, mesmo que estas fossem contra as suas inclinações naturais. Os pais e assistentes domiciliários viam o controlo da criança como o seu dever. Eles tinham então o direito a castigar a criança, até com violência, se esse controlo ( geralmente em forma de regras e proibições) fosse desafiado ou ignorado. O objectivo das regras e proibições era para assegurar que a criança “pertencia” ou conformava-se com a sociedade. Pais do Estilo Velho frequentemente dizem coisas como “Tu vais fazer isso porque eu digo que vais, e eu sou o teu pai/mãe”, ou “tu vais fazer isso porque é o que toda a gente faz”.
Os pais do Estilo Velho são Autoritários, e exigem obediencia e respeito baseado na autoridade investida nesta relação de criança/pais. Neste sistema de crença, os pais são tomados como “donos” da criança e teem o direito de exigir obediencia. Os pais acreditam saber mais e serem mais sábios, e por isso teem o direito de exigir certos padrões de comportamento e escolher a vida da “sua” criança.

O Paradigma Novo de Educação

O paradigma novo de educação é baseado no Amor e é derivado do Centro do Coração. Neste novo paradigma, cada criança é vista como uma dádiva e previlégio. Educar é visto como uma experiência do coração, em que ao adulto é dada a tarefa de educar e assistir uma alma nova acabada de chegar ao Planeta. Esta tarefa é uma associação, em que os pais e criança partilham a aventura de criar uma experiência consciente de crescimento e aprendizagem dentro dos parâmetros educativos da relação.
Neste modelo de educação baseado no coração, a criança é vista pelo que é – uma alma altamente evoluida e desenvolvida. Esta alma Indigo ou Cristal tem a sua própria sabedoria para transmitir ao mundo, e o cargo dos pais é frequentemente o de ajudar essa criança a trazer a mensagem ao mundo. Para o fazer assim é necessário que a criança seja amada e educada, e encorajada a expressar ao máximo o que é que elas são e ser-lhes dada a oportunidade de desenvolverem o seu potencial total num ambiente afectuoso.
De maneira a ser este tipo de pais ou assistentes domiciliários, qualidades tais como Amor, Tolerância, Respeito e Aceitação Incondicional teem de fazer parte das técnicas básicas de educar e de vocação social. Os pais também precisam de aprender e perceber as técnicas de Negociação, Comunicação e Disciplina.

AMOR

Esta é A técnica de educação mais importante de todas elas. E a maior parte das pessoas imagina que “vem naturalmente”. Mas frequentemente, os pais reproduzem o seu próprio paradigma de educação já aprendido sem verdadeiramente pensarem se vem do coração ou não.
Efectivamente, vocês não podem respeitar e amar a vossa criança senão se amarem e respeitarem a vocês próprios. E tantos de nós crescemos com mensagens tais como “não és bom/boa o suficiente”, que criaram auto-estima baixo e dificuldades com amor próprio e auto-aceitação. Qualquer pessoa que trabalha com crianças vai ter de vigiar a maneira como os seus problemas não resolvidos de auto-aceitação possam ser projectados na criança. A criança depois pode ser vista como “mal comportada” ou “ingovernável” ou “fora de controlo”, ou qualquer número de rótulos de “não ser bom/boa o suficiente”.
Igualmente, as hostilidades e coléras não resolvidas de um pai ou mãe são frequentemente reflectidas de volta a estes pelo comportamento da criança. Frequentemente uma criança irritada e temperamental está a representar os sentimentos reprimidos do pai ou mãe.
É difícil criar uma criança Indigo ou Cristal a não ser que tenhas resolvidos os teus problemas e sejas capaz de te amar a ti próprio(a), de reconhecer os teus plenos poderes e de expressares o teu potencial total.
A tua Criança Indigo ou Cristal vai ser o/a teu/tua professor(a) principal, se de facto ainda não tiveres resolvido estes problemas.
VAIS aprender a reconhecer os teus plenos poderes e a dar-te valor – á medida que eles te ensinam as técnicas. Mas é muito mais fácil se já tens estas técnicas, assim educar a tua criança torna-se uma aventura partilhada de crescimento empossado.

ACEITAÇÃO INCONDICIONAL

Esta é frequentemente uma das coisas mais difíceisl para os pais. Frequentemente o orgulho dos pais exige que a criança viva á altura de certas expectativas ou que desempenhe certos cargos.
Mas as crianças Indigo ou Cristais teem o seu próprio ser definido e o seu próprio sentido de quem é que são. Isto é muito claro para eles. E ás vezes este sentido de quem eles são pode estar directamente oposto aos desejos e necessidades dos pais.
Quando isto acontece, requer um pai ou mãe muito especial para conseguir dizer:”Eu aceito-te pelo que és”, e “tu não tens de ser como eu.”
Um pai ou mãe inseguro pode tomar essa precisa diferença entre ele(a) e a criança como uma ameaça, e exigir que a criança se conforme. Mas os pais Novos permitem que a criança desabroche e seja o que é, até mesmo encorajando aspectos do ser da criança que podem ser estranhos à sua maneira própria de pensar ou ser, se é aí que estão os talentos da criança.
Os Novos pais também aceitam que á medida que uma criança cresce e passa pela adolescência e idade adulta, que pode escolher não seguir o caminho de carreira “seguro” e “responsável” que os pais podem desejar. O Indigo pode desejar ser criativo, ou de viagar pelo mundo e ver a vida, em vez de ir para o colégio e seguir um caminho de vida definido.
Os Novos Pais vão ter de perceber que os Indigos e Cristais veem a vida como uma criação contínua, aonde eles são livres para se “reconstruir “ sempre que lhes apetecer, à medida que seguem as suas paixões. Eles provavelmente não teem interesse nenhum em serem seguros e cautelosos, mas antes em serem apaixonados, creativos e divertidos.
Isto não quer dizer que eles não vão criar abundância. Frequentemente os adultos Indigo criam o mesmo nível de abundancia que os pais antes de eles terem trinta anos. Mas eles fazem-no com meios invulgares e criativos.

RESPEITO

Isto está intimamente ligado à aceitação incondicional. Se os pais podem aceitar quem e o que a criança é, então baseado nesta aceitação pode ser construido um respeito mutúo por cada um.
Este respeito mutuo é a fundação/base necessária em que a relação pais/criança será construida.
Muitos pais do Estilo Velho veem crianças como inexperientes e razoavelmente estúpidos até que possam ser ensinadas por adultos experientes e mais sábios. Os Novos Pais estão conscientes que a sua criança é um ser evoluido num corpo pequeno, e há uma troca mutua de ideais e experiências nesta relação. Os pais ensinam à criança/alma as técnicas de sobrevivência que precisa para a vida no planeta neste momento. A Criança ensina aos pais novas perspectivas sobre a vida vindo da sua ligação mais próxima com o mundo espiritual.
Este respeito mutúo significa que cada um de vocês vai permitir o outro ser o que é, sem necessidade de critica ou hostilidade se houver diferenças.
De facto, os Novos pais vão ver estas diferenças como algo para ser celebrado à medida que começamos a perceber a imensa diversidade e possibilidade inerente na vida humana que existe no planeta hoje.

TOLERÂNCIA

Este tópico está relacionado com os dois acima também. Se existe aceitação incondicional, amor e respeito mutuos no lar, então também ira existir tolerância pelas diferenças e necessidades diferentes de cada pessoa na familia.
Esta tolerância pode depois ser alargada à sociedade mais ampla fora de casa. Se ensinares à tua criança que te aceitas a ti próprio(a), e que as aceitas a elas, então é mais provável que elas transfiram este padrão para o contacto com crianças e pessoas diferentes que conhecem na escola e em situações sociais.
Esta tolerância por outros e aceitação de outros faz parte da missão das crianças Indigo e Cristais, e vai ajudar a criar um mundo aonde existe tolerância e aceitação de todos.
Os Novos pais vão mostrar à sua criança que eles podem relacionar-se com ”diferentes” pessoas, com respeito. E que eles podem honrar as diferenças e celebrar a diversidade, em vez de se sentirem ameaçadas e terem medo como muitos pais do estilo velho tinham.
A eficiência dos aspectos mencionados acima no Paradigma Novo de Educação, frequentemente encontra-se na habilidade dos pais de partilhar técnicas de vida com a criança. Isto é feito de maneira mais eficaz com as técnicas de Comunicação, Negociação e Disciplina.

COMUNICAÇÃO

Comunicação com a tua criança é um dos meios chave com que podes mostrar amor e respeito.
O ato de comunicar é um ato de receber e de dar. A pessoa que comunica está a dar e a partilhar ideias e a pessoa que ouve está a receber essas ideias. Os dois processos são “ativos”, em que receber ou “ouvir” é também uma habilidade.
Como pais, deviam adiantar-se além de dar ordens e instruções que esperam que a vossa criança obedeça e receba sem duvidar. E acima de tudo nunca deviam perder a calma e gritar no processo de comunicar com a vossa criança.
O uso de cólera e de violência na comunicação apenas ensina a criança que para conseguir o que pretende tem de fazer mais barulho e ser o mais agressivo. De igual modo, castigos fisicos ensinam a criança que para obteres o que queres (obediencia), tens de ser agressivo e violento. Estes padrões de comunicação serão interiorizados e podem depois ser exteriorizados quando a criança interaje com crianças da mesma posição social. Crianças cristais especialmente, estão aqui para experimentar poder, e se, aprenderem de ti que violência é igual a poder, então elas vão representar isto. E frequentemente contra ti.
Então é muito melhor, ensinar a tua criança a comunicar eficientemente, mas com respeito. E aqui a chave é para os dois participantes OUVIREM o que o outro tem a dizer. E no acto de ouvir realmente receber e perceber o que o outro sente e precisa.
Comunica com a tua criança sobre os assuntos familiares que o/a afetam. Não assumas que só porque elas são pequenas que teem apenas de seguir o que queres. As crianças teem necessidades emocionais que deviam ser tomadas em consideração quando se tomam decisões que afetam toda a família.

NEGOCIAÇÃO

Negociação faz parte do processo de Comunicação. Se tu queres que a tua criança siga um certo caminho ou faça certas coisas, então vais ter de lhes explicar porque é que precisam que eles se comportem assim. Os Indigos e os Cristais não estão interessados em ordens autoritárias, mas eles ouvem se falares calmamente e negociares o que tu queres.
Se o que tu queres não os atrai particularmente, é possivel negociar uma recompensa para eles fazerem o que tu pedes. Sendo assim existe uma situação de “ganha/ganha”, aonde os dois participantes ganham alguma coisa que querem.
A técnica aqui não é manipulação, embora pais de Indigos espertos vão ter de estar alerta para que a sua criança não se torne manipulativa. Em vez disso, é chegar a um lugar de conforto mutuo, aonde os dois participantes estão de acordo e contentes com o que tem de ser feito. Por exemplo, se arrumar brinquedos é um problema, negocia com a criança que se todos os brinquedos forem arrumados todas as noites por uma semana, então no fim-de-semana, um divertimento pode ser oferecido. Se não, não há este divertimento. A maior parte das crianças aceitará uma proposta como esta, em vez de ter a mãe continuamente a gritar porque é que os brinquedos não estão arrumados (bem, porque as crianças Indigo e Cristais teem coisas mais importantes e imaginativas para fazer do que arrumar brinquedos).

DISCIPLINA

Embora esta tenha sido deixado para ultima, é geralmente o tópico mais emotivo nas minhas discussões com os pais. Se se dá ou não “dá tareias” como castigo, ou para impor fronteiras.
Eu acredito em não usar violência, sempre. Isto apenas ensina à criança que violência é um instrumento para obter o que tu queres.
No entanto, eu também acredito que o conceito de “disciplina” é pouco percebido na nossa sociedade. É equiparado a regras, regulamentos e castigos. Realmente, a palavra “disciplina” partilha a mesma raiz do que a palavra “discipulo”, e tem a ver com ensinar e aprender. E o/a professor(a) mais eficaz não é aquele que grita e é violento, a não ser que estejas no exército. Na vida normal, o acto de ensinar é mais eficaz quando vem do coração e é transmitido de uma maneira afável e atenciosa.
As crianças precisam de saber aonde as fronteiras estão, e o que é esperado delas no contexto da familia. Isto ajuda a assegurar uma sensação de segurança que encoraja um comportamento calmo. Mas esta informação pode ser transmitida de uma maneira terna e serena, usando as técnicas de comunicação e negociação.
As técnicas de comunicação e negociação fazem verdadeiramente parte da técnica de disciplina.
A vossa responsabilidade como pais é de ensinar a vossa criança – dando o exemplo e por palavras – o que é necessário deles para se tornarem adultos afectuosos que reconhecem os seus plenos poderes. Tu és o/a professor(a), e eles são os discipulos. E ás vezes, eles são os/as professores(as), e vocês, como pais, são os discipulos. Deixem a relação entre vocês ser tão afectuosa e educativa como a de Cristo com os seus discipulos. 

Fonte:http://www.starchild.co.za/portuguese/parentingpor.html



terça-feira, 5 de abril de 2011

MEDO dos Índigos

Ingrid Cañete responde aos detratores das crianças índigos

Porque (não) resistir ao tema e as “crianças índigo”?

Desejo compartilhar algumas reflexões a respeito de um tema tão atual quanto urgente neste início do século 21: a chegada massiva ao nosso planeta Terra, de seres humanos diferentes. Eles representam a evolução da espécie humana e têm sido identificados na literatura e na mídia, como crianças e adultos Índigo.

Eu como psicóloga, escritora e estudiosa do assunto, sinto-me no dever de tornar públicas tais reflexões e esclarecimentos devido a novidade e ao caráter impactante do mesmo. Este tema tem causado polêmica e principalmente, tem dado margem a informações distorcidas e equivocadas, as quais acabam por gerar confusão e prestam um desserviço a comunidade em geral.

Atualmente, é possível encontrar críticas acirradas e atitudes exasperadas por parte de pessoas e de setores de nossa sociedade, que demonstram grande resistência em relação ao assunto índigos. E, nos perguntamos, por quê tanta resistência? E, em alguns casos, tanta agressividade quando se trata deste tema? Muitas razões podem ser levantadas, algumas fundamentadas em crenças e raízes culturais tais como a religião, outras ligadas ao desconhecimento e a informações distorcidas como já foi mencionando.

Existem ainda razões calcadas no preconceito e as razões de ordem, digamos,
científica. Entre todas estas razões, existe uma que se encontra por detrás de todas elas e na qual acreditamos fortemente, trata-se do medo. O medo, esta emoção tão primária, esse instinto ligado a auto-preservação e a sobrevivência, que assume diferentes graus e formas de manifestação, está na origem de tanta agitação e exacerbação em torno do tema.

Para tratar de tal assunto, tendo em vista a relevância que de fato ele tem para todos nós, do ponto de vista evolutivo, convido o leitor a vestir neste momento, as vestes do cientista e a encarnar o espírito científico verdadeiro. Trata-se daquele espírito, e da atitude deste decorrente, que se abre permanentemente ao desconhecido e que não exige ver para crer, mas sim, crê e por isso torna-se cada vez mais, capaz de ver mais, de empreender em busca de respostas, de se recriar permanentemente, de nascer e renascer dia após dia, de caminhar no escuro. Atitude que só é possível quando se está consciente de que é próprio da ciência a impermanência, a transformação contínua. O verdadeiro cientista é aquele que busca a expansão da consciência como condição essencial para exercer seu ofício de forma ética. Ele não se aferra a nenhuma crença, idéia ou resultado e nunca conclui alguma coisa. O cientista caminha sempre em busca de respostas mais satisfatórias e mais próximas para dar conta dos fenômenos do mundo físico e também do mundo metafísico. Caso o cientista se agarre a alguma idéia, crença ou resultado ele estará assumindo um estado de cegueira parcial ou mesmo absoluta e abrindo mão de sua condição de cientista. Estará fugindo de assumir o alto grau de responsabilidade envolvido nesta função. Inúmeros cientistas estão em acordo que as teorias científicas possuem tal qual os icebergs, uma enorme zona imersa, que não é científica, mas que é indispensável para o desenvolvimento
da ciência. Sendo esta justamente a zona cega da ciência que crê que a teoria reflete o real. Conforme bem ressalta Edgar Morin, o próprio da cientificidade não é refletir o real, mas traduzi-lo em teorias mutáveis e refutáveis. Ao mesmo tempo em que as teorias científicas dão forma, ordem e organização aos dados verificados nos quais se baseiam, novos meios de observação ou de experimentação ou um novo olhar, fazem surgir dados desconhecidos, invisíveis. A partir daí as teorias deixam de ser adequadas e se não for possível
alargá-las, é necessário inventar outras novas, salienta Morin, em seu livro “Ciência com consciência”. Concordamos com ele quando afirma e ao mesmo tempo constata que a evolução do conhecimento científico não é unicamente de crescimento e de extensão do saber. É também de transformações, de rupturas, de passagem de uma teoria para outra. As teorias científicas são mortais, e são mortais por serem científicas, de acordo com a visão de Popper. Ora, o tempo do conhecimento científico como algo certo, absoluto e capaz
de fazer predições concretas e oferecer certezas já caducou, se esgotou juntamente com a visão ou paradigma que lhe deu origem, ou seja, a visão mecanicista. Dito isso, podemos prosseguir propondo que se reflita sobre o que mais nos atemoriza nesta existência terrena, numa escala de prioridades? Arrisco como resposta que seja a morte. O medo de morrer é provavelmente o medo mais intenso e que assume maiores proporções no imaginário e também no dia a dia de cada ser humano minimamente consciente. A morte que pode
significar num primeiro olhar a morte física mesmo e deve ser considerada também e principalmente, a morte simbólica na medida em que perdemos nossos referenciais dados por nossas certezas, nossas verdades absolutas baseadas em nossas crenças mais do que em valores, propriamente ditos. Quando falamos de evolução humana, está implícito um processo de incontáveis mortes e renascimentos. Nós morremos muitas vezes em vida, justamente para dar espaço a mais vida em nós, seja do ponto de vista de nosso corpo físico, de nossa fisiologia, ou seja, do ponto de vista de nossa
mente e de nosso espírito. Somos seres mutantes da mesma forma que a ciência é algo em permanente construção, criação e recriação.
E, da mesma forma isso ocorre no mundo natural, em nosso planeta e no cosmos. Pois bem, quando falamos que as crianças e novas gerações que estão vindo modificadas em seu DNA, com características físicas, psicológicas e espirituais diferentes, mais evoluídas estão chegando em um número cada vez mais expressivo com a missão de promover, de provocar a transformação e a evolução da sociedade humana, é compreensível que todo esse potencial de mudança, cause um frio na espinha de muita gente, porque o ser humano não gosta de mudar. O ser humano detesta conviver com a idéia de mudança constante mesmo que sua inteligência lhe diga que essa é sua realidade mais evidente, mesmo que a ciência criada por ele próprio lhe apresente cada vez mais provas contundentes desta sua natureza mutante. A mudança é sempre vivenciada com muita dor e simplesmente a sua antecipação por meio de notícias e de fatos como a chegada das gerações índigo, é motivo de reações fortes e até radicais orquestradas mais pela parte biológica ou animal que constitui o ser humano, do que por sua porção psicosocioespiritual. O medo é uma emoção primitiva e de baixa vibração que foi, digamos, instalada em nós desde pequenos, geração após geração, visando o controle de nosso comportamento, não tenhamos dúvida a respeito disso. Essa emoção está na base de todos os sistemas de poder que se utilizam do controle e da manipulação. Quanto menos evoluída uma população, mais medrosa, mais sujeita a se assustar com o desconhecido e a temer aquilo que não se encaixa em seus modelos mentais. Por modelos mentais podemos entender, de forma simplificada, como sendo as lentes que dirigem nossa percepção acerca daquilo que chamamos realidade. Essas lentes são formadas por conjuntos de crenças e de pressupostos básicos inconscientes que por serem inconscientes são justamente tão poderosos. O contrario dessa posição, portanto, é a consciência em expansão que nos dá amplitude e flexibilidade de percepção que por sua vez nos permite acessar cada vez mais elevados níveis de realidade. O filme “Somos nós” ilustra perfeitamente o que estamos afirmando aqui.

A ciência moderna ligou-se à ideologia burguesa e capitalista e a sua vontade de dominar o mundo e controlar o meio ambiente. Nisto, ela foi perfeitamente eficaz permitindo a burguesia dominar econômica, política, colonial e militarmente o planeta. Como afirma Gerard Fourez, filósofo, matemático e doutor em física. Durante séculos sentiu-se a eficácia desse método e os seus sucessos serviram de base a ideologias do progresso. Até hoje a população se beneficia de um bem estar econômico com o qual não poderiam sonhar há muitos anos atrás. Entretanto, também somos obrigados a constatar que a
ciência não é de modo algum eficaz para resolver as grandes questões éticas e sociopolíticas da humanidade, mais do que isso muitos atribuem a ela um papel no estabelecimento das desigualdades e injustiças mundiais. Deparamos assim mais uma vez com os limites da visão e dos ditos avanços técnico-científicos. Mas, além do medo do desconhecido que implica ter que olhar para dentro de si mesmo e rever valores, estilo de vida, buscando por um sentido
mais profundo e duradouro, perene para a existência para o conjunto de nossos atos em vida, encontramos um outro medo terrível daqueles que constituem a sociedade burguesa e capitalista dominante. Trata-se do medo de perder o poder e controle sobre seus dominados. O que implicaria perder certezas de ordem econômica e financeira. Perder dinheiro, muito dinheiro em
decorrência de perder o controle de muitas, de milhares de mentes dominadas guiando corpos dóceis, como disse Foucalt, é algo tremendamente assustador para muita gente, para muitos grupos de interesses e categorias profissionais.

Afinal, fala-se que os índigos, rótulo que não desejamos que se transforme em uma máscara ou pior num estigma para essas novas gerações, estão vindo diferentes por exemplo, no sentido de não reconhecerem o medo e portanto não serem passíveis de intimidação ou de controle. Grande perigo, percebem? Perigo de uma revolução dirão alguns mais afoitos.Como iremos dominar seres que não sentem medo?! Como vamos fazer com que continuem acreditando nos valores que temos lhe imposto durante tantos anos por meio da propaganda, da mídia, de nosso sistema educacional, nossos dogmas e religiões, de nosso sistema de saúde - que se baseia mais na valorização das doenças e que trata sempre partindo do princípio de que medicar é preciso, pactuando com o poderio absurdo da indústria farmacêutica?!

O medo transforma-se em pânico e o pânico gera atitudes visivelmente transtornadas e desesperadas. Não é a toa que estamos assistindo a uma verdadeira epidemia de crianças, jovens e agora de adultos rotulados de DDA (distúrbio de déficit de atenção) e de DDAH (distúrbio de déficit de atenção com hiperatividade), de bipolaridade, de crianças problemas. Na verdade, os rótulos são tentativas da ciência de fragmentar, catalogar e assim poder controlar por meio da supressão dos sintomas. Nem estamos falando de cura. É evidente
aqui, que faço uma ressalva importante para a necessidade de que profissionais competentes avaliem e façam um diagnóstico diferencial. Mas, por enquanto ainda é pequeno o número de profissionais, médicos, psicólogos, pedagogos que se dispuseram a encarar um estudo mais atento e profundo, sem preconceitos, a este tema tão desafiador. É compreensível, a atitude de desprezo pelo tema ou de crítica acirrada e agressiva é pertinente a um determinado estágio de nossa história evolutiva e se repete a cada ciclo no exato momento onde estamos prestes a dar um salto quântico e passarmos para um patamar mais elevado de consciência.

Nossa história está repleta de temas que foram tabu durante muito tempo e que depois foram necessariamente assimilados por toda a sociedade, uma vez que diante da natureza e da força de suas manifestações teremos que nos curvar em um dado momento. Seres mais evoluídos estão chegando em número cada vez maior, eles são seres imbuídos de um nível de consciência mais expandido, de uma espiritualidade mais acentuada, de dons e talentos mais desenvolvidos, são amorosos, inquietos por natureza, são rompedores de sistemas, vieram para isso, questionar, romper padrões estabelecidos, perguntar o porquê de tudo, olhar bem no fundo dos olhos e dizer com absoluta sinceridade, a verdade, simplesmente a verdade que eles captam com todos os seus sentidos bem ativados. Eles são altamente intuitivos e telepáticos, têm uma profunda noção de que vieram cumprir uma missão importante aqui, mas não suportam ser controlados, dominados, detestam receber ordens, não aceitam o não sem argumentação inteligente, sábia e razoável. Eles têm boa índole, são carinhosos, muito inteligentes intelectualmente e espiritualmente. São muito, muito sensíveis, espiritualistas, respeitando todas as crenças e religiões.

Muita confusão tem sido feita com diferentes distúrbios e déficits, o que é lamentável, pois tratar os índigos equivocadamente com remédios como a Ritalina (metilfenidato) e anti-depressivos, pode simplesmente matar seus maiores dons, afetando todos os seus campos energéticos, inibindo e atrofiando certos potenciais, sufocando sua criatividade, vale dizer sua alma e domesticando seus sentidos e seu corpo. Temos uma imensa responsabilidade diante destas novas gerações que precisam fundamentalmente que sejamos todos cientistas de uma nova época, com espíritos aberto seja como pais,
como educadores ou como governantes no sentido de nos Jornal dos Espíritos
dedicarmos a conhecer e pesquisar mais e mais sobre o tema visando produzir de fato conhecimento e sabedoria que possa ser aplicada para receber adequadamente essas gerações, apoiar e facilitar seu desenvolvimento e favorecer a manifestação dos potenciais maravilhosos que nos trazem. Temos muito que aprender com eles. Eles não são seres melhores ou superiores a ninguém, também não são erros da natureza, são apenas diferentes. E suas
características diferentes têm uma razão de ser: cumprir uma missão específica, romper padrões, rever valores e crenças caducos e impeditivos de uma evolução e ativar a mudança necessária para criarmos um mundo mais justo, amoroso e pacífico.

Se esta é a missão como poderiam vir seres com características que não estas que estamos vendo? Já ouvi comentários de pessoas que soaram quase como um alerta para mim: olhe bem, existem índigos que vem com aparência de índigos, mas que não são índigos! Bem, então eu respondo, sim isso é perfeitamente possível, uma vez que todos nós fazemos parte de um processo evolutivo bem dinâmico e rico, devemos portanto estarmos atentos e abertos a identificar estas diferenças e a lidarmos com elas. Porém eu também aproveito para enfatizar que estes seres referidos têm algumas características semelhantes aos índigos e não são índigos, então que fique claro: eles não são índigos! São seres humanos que possuem diferenças bem significativas, passíveis de identificação pelos que estudam o tema e se dedicam a pesquisa com seriedade, com espírito científico verdadeiro e, portanto, de forma ética acima de tudo.

Por que estamos em meio a uma etapa crítica de nossa evolução é que tantas pessoas resistem ao novo, pois já estão sendo sacudidas por suficientes mudanças e exigências, e não conseguem assimilar mais novidades. Estas pessoas e grupos já guardam suficientes marcas de sofrimentos, de dores em sua trajetória. Por isso estão traumatizadas pelo fantasma do medo e querem afastar tudo que sugira abalar algumas poucas certezas que ainda lhes restam.
Mas, é pelo mesmo motivo que uma outra parcela cada vez mais numerosa da população da Terra, ao mesmo tempo que reconhece a eficácia e a performance da ciência se recusa a reduzir a ela sua visão de mundo. Ricardo Semler, um adulto índigo, ou se quisermos, apenas um adulto representante destas novas gerações de consciência expandida, tem mostrado de forma ímpar ao mundo, a que vieram estas gerações. Ele afirma o seguinte, em seu livro “Você está louco”: a vida que já vivi me levou a constatar que as respostas-padrão servem à manutenção da ordem existente. Servem para criar a sensação de controle, de ordem, de disciplina. São como as senhas, como o ato de fazer crianças decorarem tabelas periódicas e outras informações que nunca usarão. E são esses mecanismos antropológicos de conservação que impedem a mudança acelerada da sociedade.

Provavelmente uma boa coisa, já que as pessoas lidam mal com o excesso de novidades. A velocidade de assimilação não se compara com a do avanço da tecnologia. E esse descompasso gera o mal estar – lembra um ditado árabe que a alma viaja a camelo. Ou seja, não adianta correr com a tecnologia, os humanos demoram mesmo para acompanhar.

Vivemos em um mundo predominantemente de terceira dimensão onde prevalece a polaridade bem e mal, certo e errado, dia e noite, claro e escuro... Estamos evoluindo para a quarta dimensão onde com a consciência expandida nos levará a perceber esta realidade de outra forma, com mais distanciamento assim como acessaremos outros níveis de realidade existentes e possíveis e, seremos capazes de unificar, de reunir aquilo que nesta dimensão temos necessidade de separar para tentar explicar e compreender. Somos humanos,
temos limitações, somos passíveis de erros porém não devemos persistir em alguns erros que nossa história já nos mostrou serem deveras perigosos a nossa sobrevivência.

Portanto cuidemos de nossas novas gerações, com todo o respeito, com o amor que eles merecem.

Questionar e perguntar-se sempre, mas ignorar, recusar-se a ver, a encarar de frente, a se dispor a aprender é um erro fatal, não apenas para uns, mas para todos nós.

As novas gerações, não importando com que nome vamos nos referir a elas, são o potencial que ansiamos para criar o céu na terra, um mundo de paz e harmonia. Não desperdicemos essa verdadeira dádiva que nos está sendo proporcionada pela vida e por seus mistérios, os quais continuarão sendo mistérios até que provem o contrário...

INGRID CAÑETE – É psicóloga especialista em administração de Recursos
Humanos, professora universitária, consultora de empresas em Qualidade
de Vida e Prevenção de Stress, representante do Brasil na Rede Latino
Americana de Estudos Índigo. Autora dos livros “Humanização: desafio da
empresa moderna, a ginástica laboral como um caminho”, “O brilho nos
olhos”, “Crianças Índigo, a evolução do ser humano”.