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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Pedagogia da alma - Parte 1

Gentilmente cedido por Lílian de Almeida P. B. Sá


Não há nada que eu posso te dar que já não exista dentro de ti mesmo. Apenas posso propor outras imagens, além das tuas... E assim ajudo a tornar visível teu próprio universo.”

Hermann Hesse


Ultimamente o meu ser anseia por traduzir em palavras o universo da Pedagogia do Sutil, do Sagrado, ou da Alma...

Busco no silêncio, na observação da arte e da natureza; fios de percepções sobre este belíssimo trabalho. Estar simplesmente em contato com a energia do coração, com as profundezas do Ser; significa, deixar a presença da Alma fluir, e nos guiar livremente para o lugar que ela necessita. “A abertura do coração desenvolve reverência, veneração, respeito, compaixão e capacidade de servir amorosamente. A partir daí, descobrimo-nos seres espirituais e permitimos que o sagrado faça parte da nossa vida”. (Martinelli)

A presença da Alma nos mostra genuinamente os caminhos a serem trilhados, e nos ensina a reconhecer a fonte do poder interior de que dispomos (somos força, cura, abundância, ordem, vontade, transformação, fé...).

A Pedagogia da Alma ouve esta presença e compactua com aquilo que é belo, com o sagrado em nós, com a busca do sentido e da significação. Ela reconhece a autenticidade do Ser, a criança eterna que vive em nós, o significado da nossa singularidade, da inteireza humana...

Ela está a serviço do mundo sutil, da voz interior, do amor, da verdade, de que “todos somos um”, e que a partir dessa consciência, podemos favorecer a expressão da vida criativa – pessoal e coletiva.

Ela vê a criança com os olhos da Alma, portanto, ela reverencia o sagrado que nela habita...

A Pedagogia da Alma reconhece o Ser Criador presente nas cores, nas tintas, pincéis, papéis, no barro, lãs, tecidos, nas estórias; palavras; no canto, na alquimia da vida...

Evoca a energia do silêncio, da meditação, do vazio...

Busca a simplicidade do vento, a beleza da luz do sol, o calor do abraço,

a gratidão pela existência.

Vivemos nesse momento, a manifestação de um novo modo de pensar, sentir e de agir...

Segundo Ruy Cesar do Espírito Santo (2000), “a perda do contato com o sagrado é o surgimento da insignificação”.

Não há mais tempo para teorizar conceitos sobre a educação, e nem tampouco deseducar nossas crianças e escolas. Reconhecemos que o sistema educacional está defasado, pois não investe na expansão de consciência - no entanto, é tempo de vivermos em comunhão com a concepção integral do ser humano, um caminho que permanece num círculo de aliança com a essência divina...

Em verdade, surge então a partir dessa jornada, uma gigantesca ciranda de roda entre educadores que amorosamente entrelaçam suas mãos a milhares de crianças e jovens. Estas por sua vez, emergem da auto-cura, do renascimento, transcendem desafios, ampliam novos horizontes, celebram a VIDA...



(silêncio para meditação)



Lílian de Almeida P. B. Sá

Pedagoga e Psicopedagoga

lilianbsa@yahoo.com.br



Um comentário:

  1. essa é uma verdade para ser sentida e urgentemente transformada em ação coletiva

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