
“Não há nada que eu posso te dar que já não exista dentro de ti mesmo. Apenas posso propor outras imagens, além das tuas... E assim ajudo a tornar visível teu próprio universo.”
Hermann Hesse
Ultimamente o meu ser anseia por traduzir em palavras o universo da Pedagogia do Sutil, do Sagrado, ou da Alma...
Busco no silêncio, na observação da arte e da natureza; fios de percepções sobre este belíssimo trabalho. Estar simplesmente em contato com a energia do coração, com as profundezas do Ser; significa, deixar a presença da Alma fluir, e nos guiar livremente para o lugar que ela necessita. “A abertura do coração desenvolve reverência, veneração, respeito, compaixão e capacidade de servir amorosamente. A partir daí, descobrimo-nos seres espirituais e permitimos que o sagrado faça parte da nossa vida”. (Martinelli)
A presença da Alma nos mostra genuinamente os caminhos a serem trilhados, e nos ensina a reconhecer a fonte do poder interior de que dispomos (somos força, cura, abundância, ordem, vontade, transformação, fé...).
A Pedagogia da Alma ouve esta presença e compactua com aquilo que é belo, com o sagrado em nós, com a busca do sentido e da significação. Ela reconhece a autenticidade do Ser, a criança eterna que vive em nós, o significado da nossa singularidade, da inteireza humana...
Ela está a serviço do mundo sutil, da voz interior, do amor, da verdade, de que “todos somos um”, e que a partir dessa consciência, podemos favorecer a expressão da vida criativa – pessoal e coletiva.
Ela vê a criança com os olhos da Alma, portanto, ela reverencia o sagrado que nela habita...
A Pedagogia da Alma reconhece o Ser Criador presente nas cores, nas tintas, pincéis, papéis, no barro, lãs, tecidos, nas estórias; palavras; no canto, na alquimia da vida...
Evoca a energia do silêncio, da meditação, do vazio...
Busca a simplicidade do vento, a beleza da luz do sol, o calor do abraço,
a gratidão pela existência.
Vivemos nesse momento, a manifestação de um novo modo de pensar, sentir e de agir...
Segundo Ruy Cesar do Espírito Santo (2000), “a perda do contato com o sagrado é o surgimento da insignificação”.
Não há mais tempo para teorizar conceitos sobre a educação, e nem tampouco deseducar nossas crianças e escolas. Reconhecemos que o sistema educacional está defasado, pois não investe na expansão de consciência - no entanto, é tempo de vivermos em comunhão com a concepção integral do ser humano, um caminho que permanece num círculo de aliança com a essência divina...
Em verdade, surge então a partir dessa jornada, uma gigantesca ciranda de roda entre educadores que amorosamente entrelaçam suas mãos a milhares de crianças e jovens. Estas por sua vez, emergem da auto-cura, do renascimento, transcendem desafios, ampliam novos horizontes, celebram a VIDA...
(silêncio para meditação)
Lílian de Almeida P. B. Sá
Pedagoga e Psicopedagoga
lilianbsa@yahoo.com.br
essa é uma verdade para ser sentida e urgentemente transformada em ação coletiva
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