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segunda-feira, 6 de julho de 2009

Educando os Educadores - Parte 4

Por Daniel Jacob

Durante toda nossa travessia por este importante tema, estive compartilhando com vocês os conceitos que tem sua origem na Alma Grupal chamada “As Crianças das Estrelas”. Ainda que grande parte do ensinamento tenha lugar em minhas próprias aulas e sessões, meu dom pessoal e ênfase é o de ser um canalizador, não um educador diplomado. Se o que digo aqui ecoa em vocês, se conectaram com nossa Alma Grupal. Se não, não perderam nada mais que o tempo que lhes tomou considerar umas poucas idéias novas.

O ponto focal do segmento de hoje tem a ver com prestação de contas. Este é um termo militar que descreve o processo de extrair informação de uma companhia de soldados que esteve envolvida em uma batalha pouco comum ou em uma experiência extraordinária. Quando nós “recebemos informação” dos companheiros, os estimulamos a compartilharem os sentimentos e impressões que tiveram enquanto ocorria o incidente – assim como nós compartilhamos com eles como nos pareceram as coisas. Em algum ponto, tem lugar uma convergência de percepção, criando um consenso que logo pode ser compartilhado com os que não estiveram presentes ao acontecimento.

Como disse em um artigo anterior, muitas das oportunidades de aprendizagem mais significativas aparecem inesperadamente e sem aviso. As coisas simplesmente acontecem, e quando o fazem, todos querem ser parte do acontecimento. Um “facilitador” inteligente pode perceber quando um grupo se entusiasma, do mesmo modo que um conselheiro inteligente pode dizer quando um aconselhado encontrou algo realmente valioso ao falar de alguma experiência de vida importante. É como enganchar um grande peso a um anzol. A princípio se sentem uns quantos puxões na linha e logo a energia começa a correr.


DESPERTAR GRUPAL

Quando um grupo desperta o interesse, é como se toda a companhia fosse recolhida por uma nave especial e levada a um lugar novo e exótico. Acelera-se a respiração (porque o ar se torna rápido quando se está voando) e se levantam as mãos por toda a sala. Um Mestre sensível pode senti-lo e faz bem em seguir o jogo, permitindo que a energia do grupo se expanda por onde quiser.

Se um estudante introduz um tópico, é preciso que lhe seja permitido ir em frente e ensinar. O facilitador do grupo da um passo atrás, para incentivar aos membros da classe a dar testemunho, dizendo o que sabem, o que lhes aconteceu e como isso os mudou. É extremamente importante por ênfase na experiência e na perspectiva pessoal. Se o ponto de vista do estudante nunca se valida, como aprenderá a criar, ou dar o mesmo nível de respeito a outro?

O movimento da energia em um grupo se converte no fator dominante com respeito a quanto ou quão pouco tempo se destina a um tema. Quando as coisas deixam de ser interessantes, um bom facilitador começa a buscar outro tópico novo. Dessa forma, a ENERGIA MESMA se converte no Mestre. Cada “Veículo de Energia” que se move pela classe tem um itinerário estabelecido, um propósito, e um ponto de chegada final. Uma classe chega ao seu destino, se pode começar a reclamar informação.


Como regra geral, a maior parte das crianças não aprende sentando-se e escutando.

Aprendem movendo-se e fazendo.

Especialmente quando a atenção do grupo se sintoniza neles regularmente em busca de condução.


APRENDER A FAZER


O interesse pessoal é o apetite de uma mente sã. Não imaginaríamos alimentar a força nossos filhos com um alimento que não desfrutassem, um alimento que não estivesse de acordo com seu “gosto”. Por que então, sonharíamos em fazer isso com as idéias?

A maioria dos mestres passa muitíssimo tempo tratando de fazer com que seus alunos se calem e se sentem. Esse é um enorme desperdício de potencial de energia e entusiasmo. Então, esses mesmos mestres demandam que se os escutem, porque tem um programa a seguir e querem que as crianças aprendam. No entanto, por regra geral, a maioria das crianças não aprende sentando-se e escutando. Aprendem movendo-se e fazendo, especialmente quando a atenção do grupo se sintoniza neles regularmente em busca de condução. A maioria das crianças que desorganizam a classe na realidade é líder nata que buscam a missão de vida.

Esta fome por chamar a atenção, pelo reconhecimento do grupo, é o pão da vida para uma mente em expansão! A forma de fazer com que as crianças estejam famintas por aprender é permitir-lhes que regularmente estejam um tempo no centro das atenções para expressar o que os entusiasma, o que os excita. Quanto mais interesses vejam nos olhos de seu Mestre e de seus companheiros de aula, mais abrirão seu mundo interior. A admiração de seus pares pode ser um estímulo extremamente potente, a menos que se interponham outros fatores. Discutiremos isso em outro seguimento.

A expansão do conhecimento requer habilidades específicas. Entre elas está ler, tomar notas, manejar um computador, ter acesso a Internet e trabalhar com números. Em outras palavras: “OS TRES R”! Os mestres sabem que as crianças precisam aprender isto. Porem, as crianças sabem? Descobriram pessoalmente o nexo entre sua alegria de estar no centro das atenções e o domínio das habilidades básicas? Se não, vão resistir aprende-las. Parecerá uma perda de tempo.


VOLUNTÁRIO/OBRIGATÓRIO

No lugar de fazer que os “os três R” sejam obrigatórios, como comer espinafre em cena, por que não concentrar a maior parte da atenção da classe em obter das crianças uma descrição clara do que mais a fascina? De todos os modos, a maioria dos mandatos na vida das Crianças das Estrelas deve vir de dentro. Aí é onde se acha e se alimenta sua conexão inata com o Conhecimento Multiversal.

Por que não deixar que nossas crianças nos mostrem, mediante a alta e a caída do interesse, o que é importante em suas vidas? Deixem que as Naves Espaciais da Energia voem por toda classe levando a nossos exploradores em curtas viagens para e desde lugares exóticos! Então, enquanto nós (casualmente) mostramos às crianças os recursos existentes que estão disponíveis para que possam acrescentar seu conhecimento sobre seus temas favoritos, eles se precipitarão tentando obtê-los.

Deixem que os cursos de treinamento de “habilidades básicas” sejam auto-contidas, de formato circular (que as crianças possam subir e descer do ônibus a qualquer momento) e que estejam disponíveis tão rápido quanto possível. Usem os estudantes voluntários como tutores, tão assíduo quanto possam. Ensinar a outros é a melhor forma de aprender algo por sua própria conta. Permitam que cada criança se alimente da mesa de habilidades básicas tanto quanto desejem, e logo continuem buscando o que é que os apaixona.


PRESTANDO CONTA DESTA SÉRIE


Antes de seguir adiante, gostaria de resumir rapidamente alguns dos principias pontos que tratamos até agora nesta série. Façamos um pouco de prestação de contas de nossa parte, sim? Tenho a impressão de que cada um destes pontos, se poderiam converter em um livro em si mesmo. Talvez no futuro escrevamos juntos alguns destes livros. Aqui há um pouco:

  1. As Crianças das Estrelas são “extraterrestres” altamente evoluídos que “aterrissaram” em meio a Cultura Terrestre contemporânea.
  2. Vieram em paz.
  3. Estão aqui para construir Pontes de aprendizagem e compreensão entre nosso mundo presente e um mundo totalmente novo que está tratando de fazer contato conosco.
  4. As Pontes de aprendizagem e compreensão devem ir em ambas direções.
  5. As crianças aprendem melhor com o exemplo. A forma mais fácil de ensinar-lhes é aprendendo ativamente em sua presença. Ao ver-nos fazer isto, eles imediatamente começam a fazer também.
  6. Não há Experts para onde a humanidade está indo agora. Tudo está se tornando novo. O maior presente que nos trazem nossos filhos é uma lembrança constante de como é ser abertos, com capacidade de admiração e expectativa acerca da vida e da aprendizagem.
  7. Boa “pontuação nas provas” não significa que alguém seja inteligente.
  8. Um dos elementos mais importantes para aprender e crescer é ter tempo suficiente para descobrir o que querem e precisam aprender por sua conta.
  9. As crianças das Estrelas não são posses de seus pais ou da sociedade em que vivem. São exploradores e guias de uma forma totalmente nova de ser.
  10. A função mais efetiva que tem um adulto no processo da educação formal é criar e sustentar um ambiente de aprendizagem autentica e aberta, onde o papel de “Mestre” e “estudante” se intercambia regularmente, ida e volta, entre as gerações.
  11. A decisão de converter-se em Mestre na realidade é uma decisão de reconectar-se com a Criança Mágica interior. Se não o fazemos, não seremos capazes de conectarmos com nossa criança exterior nunca.
  12. Sabemos que conectamos a nossa criança Mágica quando nossos corpos e mentes se “excitam” com o que estamos fazendo no momento presente.
  13. O poder subjacente por trás da sexualidade está presente e ativo nas pessoas de todas as idades. É uma forma de pensar criativa, um estado expandido de ser. Seus componentes primários são uma sã curiosidade, liberdade para explorar e disposição para compartilhar progressivamente com os demais.

Para as Crianças das Estrelas, a aprendizagem efetiva é como “fazer amor com a vida”. Eles montam a energia, compartilham profundamente desde sua alma e seu coração, e logo descansam gentilmente na presença do outro, bebendo do resplendor do descobrimento. O que desejam dos mestres é manter seu processo a salvo e sem obstáculos impostos por “objetivos” externos. Como sempre, sempre estou profundamente agradecido por sua retroalimentação e idéias pessoais. Sintam-se em liberdade para escrever-me.
DJ.

Publicado na revista eletrônica PlanetLightworker de novembro 2004

© Daniel Jacob, 2004 daniel@reconnections.net (mails en inglês)

Tradução do inglês para o espanhol: Susana Peralta

En español: http://www.manantialcaduceo.com.ar/libros.htm

Tradução do espanhol: sandraferris@globo.com



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