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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Despertando a Vibração Índigo em Nós


Uma vez que nos conectamos com a informação sobre o tema índigo e descobrimos que muitas das crianças que nos rodeiam tem estas características, qual é o próximo passo que devemos dar?
Para poder construir uma ponte entre elas e nós de forma exitosa, devemos considerar o verdadeiro significado e função da existência das Crianças Índigo em nossa vida e no planeta.
Essencialmente, a presença destas crianças nos oferece um espelho que nos reflete as capacidades adormecidas que temos em nosso interior. Um potencial que está ali para que deles façamos uso…
Podemos aprender muito de alguém que caminhou pela Terra muito mais tempo que nós; no entanto, há ainda muito mais que podemos compreender através de uma criança.
Uma vez que nos dermos conta disto, haverá uma mudança planetária de grande envergadura. Honrar a importância da existência destas crianças e suas ações é o ponto de apoio para a mudança de consciência da humanidade.
Estas crianças estão aqui para permitir-nos descobrir nossa própria Vibração Índigo. A pergunta que nos surge é: como podemos fazer para ativar esta energia em nós mesmos?

Nas palavras de Nina Llinares:

Todos temos a POSSIBILIDADE de ser potencialmente Índigo. A freqüência esta aí; tudo depende do nível de abertura a mudança que cada um de nós esteja disposto a assimilar. A Freqüência Índigo está a nossa disposição para que a integremos em nossas vidas.
Tenhas a idade que tiver, quanto maior for tua abertura de consciência, quanto maior seja tua capacidade para desenvolver a certeza de Tua Verdade, quanto mais confie nas qualidades de teu hemisfério direito… melhor integrarás a Freqüência Índigo e contribuirás para a mudança de  frequência deste plano e deste planeta.
Para isso é necessário estar bem enraizado, com os pés sobre a Terra. Isso significa estar presente, aqui e agora”.

Joaquim é uma criança de três anos que vive em “La Cumbre”, na província de Córdoba, Argentina. Um dia disse ao pai que queria estar com ele. No mesmo instante, o pai o levantou nos braços, mas continuou abstraído em suas próprias preocupações. Então, o menino voltou a insistir que queria estar com ele. E o pai lhe respondeu: ‘Mas, estou aqui com você, e te tenho em meus braços’. O menino então lhe respondeu: ‘Sim, mas quero que esteja comigo’.
Este exemplo nos permite tomar consciência de que muitas vezes estamos aparentemente presentes, mas não de forma integra e verdadeira. As crianças que tem um alto grau perceptivo e nos mostram permanentemente. Muitas vezes com suas ações nos chamam a atenção sobre este ponto.
Carmen Ormeño como Adulta Índigo, nos propõe estes exercícios de sua própria experiência:

“Sentiste alguma vez que a sensação de estás flutuando? E que caminhar é pesado? E que os horários são dificílimos de cumprir? E que a distancia pode realmente ser somente uma ilusão? Proponho-lhes alguns exercícios para manter-se ativo ‘na Terra’. O ar é o ascensor da alma”.
 
1- Respiração
É fundamental para destravar o corpo e tomar consciência do fluxo de ar. Há centenas de exercícios, mas acredito que se estão acompanhados de imagem o resultado é melhor. Não acredito que, para que alguém que esteja sobre excitado relaxe, seja necessário dizê-lo.  Principalmente se está com medo ou receio; é pior, trará mais medo, ainda que aparentemente em uma camada muscular superficial possa afrouxar-se ou controle um pouco a sua agitação.
É melhor pedir-lhe que te conte sobre experiências agradáveis como seus hobbies nas férias ou suas brincadeiras de infância, que produzirão naturalmente alívio da tensão.

2- Como andar e não cansar-se na tentativa
São úteis as artes marciais enfocadas como imagens e formas do corpo para dirigir a energia, e não para lutar. Mover-se por uma causa e não “porque sim”.
É importante evitar o tédio e o cansaço. Planejar o treinamento como uma forma de autoconhecimento.
3- A imaginação
Todo ato de imaginação é a possibilidade de dar solução a um problema real ou não, e sempre nos colocará em um lugar melhor. Haverá uma nova força que conheceremos, desenvolveremos novas formas de ação e a possibilidade de recuperar nossa conexão com a brincadeira, a inocência e a simplicidade de começar, desenvolver, e finalizar uma ação para que comece outra.
Buscar um bom estímulo (música, uma imagem, um conto, o que seja propício para cada um) e tomar a decisão de empreender uma viagem. Por exemplo: ‘Entro em um castelo encantado… Viajo ao centro da Terra… Transformo-me em uma arvore…!
A idéia é que cada um, ao recorrer à viagem, possa realizar com seu corpo e sua imaginação a maravilhosa empresa de acender os três ‘faróis’ (cabeça, coração e mãos).
Somente é possível fazê-lo se no momento o indivíduo esteja comprometido, ‘solto’, contente, ou simplesmente com a valentia de um viajante que tem sua passagem, mas desconhece o que acontecerá.
O tema é um ponto de partida, um estímulo ao coração; o indivíduo sabe o que é que lhe dá taquicardia e então é aí onde brincará.
Imaginar e pensar são formas diferentes de apreciar a realidade, só que a primeira, também, convida a desfrutar a experiência sem juízo de valores.
Para conseguir sintonizar com a energia das crianças e suas capacidades psíquicas, podemos jogar o seguinte jogo:

-                 Cada um, a seu turno deve pensar uma cor, vê-la com o olho da mente e sentir essa cor no corpo. Pode repetir o nome da cor mentalmente. Depois, deve enviar tudo o que sente, vê, escuta e cheira sobre esta cor ao terceiro olho (o ponto ente os olhos) do companheiro, e ao centro cardíaco. O companheiro sintoniza com a cor através de seus sentidos. Devem permitir que o receptor compartilhe o que captou da cor que lhe enviaram e depois diga que cor era.
Isso pode levar um tempo de prática, porem pode estar seguros de que vão se divertir. Também se pode fazer com animais, jogos, palavras e formas.
Barbra Gilman é uma terapeuta que se dedica a ajudar aos pais a curar as feridas de sua própria infância. Sugere algumas perguntas e técnicas que podem ajudar a melhorar a relação com nossos filhos. Segundo ela, devemos perguntar-nos:

        “Que posso fazer para mudar Minha perspectiva da situação? Que posso fazer para mudar a mim mesmo com relação a esse tema? O que meus filhos estão tentando me ensinar?
        Invoca teu filho em tuas meditações e comunica-te com ele. Envolva teu filho com luz branca e o entregue ao bem maior”.

Devemos olhar para nosso interior. Estas crianças vêm para ensinar-nos a integridade: isto não é outra coisa que viver de acordo com a nossa verdade.
  
        1- Aquietar-se

        Tranquilizar a mente. Deixar de pensar. A idéia é estar atenta a nossa própria consciência, ao nosso próprio interior. Quando nos acostumamos a aquietar-nos, podemos tranquilizar nosso lar e, como consequência, temos outro espaço interno para perceber o que passa nele.

 2- Acreditar

Quanto mais acreditamos em nossa voz interna, mais seremos capazes de receber. Se formos capazes de acreditar em nós podemos acreditar em nossos filhos.

3- Perguntar

Primeiro perguntar e depois permitir-se receber. Dar tempo e espaço para falar com o eu interior. É melhor saber fazer as perguntas corretas que ter as respostas corretas. Qualquer adulto tem respostas. Por isso as crianças perguntam e o fazem com inocência, porem com eficácia, porque essas perguntas lhes permitem aprender. Daí, que nós, os adultos, devemos perguntar mais.

4- Escutar
As mensagens chegam na forma de palavras, símbolos, reações físicas, etc. Escutar nossa voz interior é mais fácil do que acreditamos. Quando aprendemos a conhecer nossas reações interiores e imagens, é provável que aprendamos a ler as atitudes dos outros, sem a mediação da palavra alguma. Saber interpretar o idioma dos gestos ou a linguagem corporal é essencial para a comunicação com as crianças.

5- Confiar

Temos de confiar nos sinais, qualquer que seja a forma com a qual se apresente. Confiança implica fé, certeza. A mesma fé que depositaremos em nossos filhos.
Sarah Wood, ex-professora, fundadora da Rede Índigo (“The Indigo Network”) que na atualidade se dedica a ensinar técnicas de meditação a crianças com problemas de hiperatividade ou com falta de atenção, nos propõe os seguintes passos para ativar a Vibração Índigo em nós:

-Primeiro passo

Primeiro devemos estar ancorados. A Vibração Índigo tem uma frequência muito elevada, que cria grandes movimentos de energia. Quem não está acostumado a esta vibração pode senti-la como um grande fluxo de ondas. Também, como vivemos em um mundo dual, devemos compreender a importância dos opostos. Quanto mais ancorados estivermos, mais fácil será fluir. O jogo de sustentar e soltar é o que cria o portal para a nova vibração.
Enraizar-se é mais fácil e se incrementa com a prática.  O segredo está em realizar uma pequena meditação diária (ver a seguir).  Se realizarmos este exercício regularmente durante 10 minutos diários, notaremos grandes mudanças na vida cotidiana.

Exercício de Ancoragem

Uma das causas da hiperatividade e da distração é a grande sensibilidade que o índigo tem aos estímulos. Ainda que esta capacidade possa causar confusão e sofrimento, é verdadeiramente um dom. Quando é canalizado de forma adequada, trás harmonia ao desenvolvimento da criança.
Muitas crianças se distraem devido a sua capacidade de captar um fluido continuo e veloz de energia intuitiva. Ensinar as crianças o que podem fazer com esta estimulante informação é a forma mais efetiva de ajudá-los a concentrar-se e encontrar a paz.
Esta visualização pode ajudá-los a conseguir este propósito:
Fechar os olhos, fazer três respirações profundas e imaginar um cordão conectado ao chakra raiz (quer dizer, ao centro de energia que se encontra no cóccix). Este cordão atravessa o solo e chega até o centro do planeta. Pode ser como cada um de nós imaginarmos, sempre que tenha a possibilidade de ser um veículo para que a energia possa trasladar-se. Uma vez que sintam a conexão do cordão com o centro do planeta, imagine partículas de energia saindo de todo o corpo para o chakra raiz. Estas partículas coloridas representam a energia que já não é necessária. Agora solte o cordão, e este se dirigirá ao centro da Terra onde encontrará sua energia complementária e se equilibrará (como já não a necessitamos mais, a mesma vai para onde é necessária).

Também pode ser útil para conciliar o sono, quando necessite encontrar tranquilidade depois de uma atividade intensa ou esteja atrapalhado numa situação frustrante. Também é bom que façam um desenho de si mesmo e o cordão para enraizar-se, para que tome forma real em sua mente.
Muitas crianças tendem a sair ou viajar fora de seus corpos, o que os faz ser muito distraídos e aparentar ter desordens de atenção. Ancorar sua energia no corpo os ajudará a estar no momento presente. Simplesmente, fazer que a criança imagine uma luz branca que descende, começando por sua cabeça e baixando por todo o corpo, pelos braços até a palma das mãos, pelas pernas até a planta dos pés e pela coluna até o cóccix. Fazer com que visualizem tudo descendendo para a Mãe Terra, e que em seguida projetem em forma de raízes como uma árvore.
A informação intuitiva também se manifesta intensamente em sonhos. Por isso, é uma boa idéia incentivar as crianças para que compreendam como os sonhos se relacionam com sua vida. Ter um diário com anotações sobre os sonhos ajuda a recordá-los e principalmente a liberar a informação. Escrever é uma atividade essencial para os Índigo que se encontram em idade escolar, para ajudá-los a concentrar-se e conseguir a paz interior. Expressar através de um diário lhes permite trazer ordem ao caos que lhes produz uma situação exacerbada.

-Segundo passo

É importante que tomemos consciência de nosso próprio sistema de crenças e saber que este dá origem a nossa realidade. Há muitas técnicas para descobrir qual é. Uma opção é o teste muscular e a decodificação da memória celular, que nos dão a possibilidade de descobri-lo e modificá-lo.
Devemos refletir sobre as escolhas e decisões que tomamos em nossa vida, tanto sobre nós como sobre nossa atitude com relação aos demais. Também, quem ou o que teve influencia nestas decisões. Constantemente tomamos informação de outras fontes, mas somos nós os que ao final criamos nossas próprias crenças.  Não obstante, necessitamos aprender a pensar de forma independente para fortalecer nossa Vibração Índigo.

-                 Terceiro passo
  Ao deixar ir todas as crenças, a verdade surgirá por acréscimo. Devemos descobrir nossos apegos e tomar consciência de nossas crenças, e depois ver o que acontece.

-                 Quarto passo
Agora que estamos no caminho para liberar todas as crenças que nos limitam, temos que evitar adquirir novas. Esta prática fecha o circulo do Fenômeno Índigo. Por definição, uma Criança Índigo tem a capacidade de elevar-se por sobre os condicionamentos sociais. Em outras palavras, os seres (tanto crianças como adultos) que carregam esta freqüência são capazes de estabelecer crenças baseadas na sabedoria interna, em oposição as circunstancias externas. Que aconteceria se soubéssemos que tudo o que fazemos é correto porque está de acordo com nosso coração?

Esta é a capacidade mais poderosa que podemos experimentar nesta era. As Crianças Índigo produzem em nós uma revolução interna, que lentamente vai se introduzindo na sociedade.
Eles estão aqui porque nós manifestamos. E o fizemos porque queremos conhecer a parte de nós mesmos que está em ressonância com a natureza, que quer comunicar-se de “coração a coração”, e liberar-se de um sistema que escondeu o verdadeiro propósito pelo qual viemos a Terra.
Patricia Skurck especialista em biologia molecular e mãe de duas crianças com características índigo, compartilha conosco sua experiência:

“Até nascer meu segundo filho, eu sabia matemática simples: 2 + 2 sempre teve como resultado 4. Dentro deste esquema minha vida como mãe era quase uma panacéia. Mas como a natureza é sábia, e as vezes aparentemente um pouquinho cruel, talvez para os ensinamentos, nasceu meu segundo filho…
Este pequeno, como não poderia prever, me exige, desde então e a cada dia, revisar quanto somam 2 + 2, agora que minhas certezas são relativas e portanto, não mais resultam.
‘ Doutor, meu bebê não dorme, não sei o que se passa’, digo preocupada, expectante, e muito cansada. Estou buscando ajuda, respostas, orientação. Não as encontro. Seu sistema imunológico, muito excitado, me chamava à atenção. Gânglios muito grandes, quase todo o tempo de sua vida. Muita vitalidade e bom humor, mas durante pouquíssimos meses, pois seu organismo vivia em alerta imunológica, quer dizer, defendendo-se de forma aumentada contra vírus, bactérias e demais substancias do ambiente, ao que era muito sensível.
Pedia-me que tirasse as etiquetas das roupas, desde que tinha um ano. Reagia a picadas de mosquitos domésticos tão amplamente que ficava uma cicatriz de tecido necrótico por semanas. Otite média serosa crônica, picadas, choro.
 O pediatra, de orientação formal, opta por fármacos moduladores de resposta imune, antibióticos preventivos, mas eu não vejo mudanças. Talvez alguns de vocês, em especial as mamães, tenham percebido com que freqüência muitos profissionais de saúde conferem uma característica observada em uma criança à quantidade ou qualidade de afeto que sua mamãe sente por ele.
Tem aqui um ponto interessante, que me remete a uma reflexão a parte. Suponhamos por um momento que isto esteja certo e também suponhamos que não. Se o pequenino está sofrendo e algo de sua mãe é uma possível causa, por que diagnosticar e medicar a criança?
Neste caso, o foco de atenção apontaria a assistência à mamãe, ou convenientemente seria de esperar uma atenção conjunta, que ajude a recuperar e afiançar o vínculo natural mãe-filho.
‘Doutor, consulto-o por meu filho porque no Jardim de Infância ele não fala e em casa fala pouco, só quando quer. ’
Tomo a primeira decisão pessoal. Saio da medicina de fármaco e começo a tratá-lo com homeopatia.  Em 20 dias de tratamento, seus ouvidos se curam, começam a ceder os gânglios aumentados de tamanho, e eu começo a respirar um pouco mais tranquila. Resultado: isso é o que busco, mais alem do conhecimento que tenha dos princípios e das diferentes disciplinas médicas. Eu preciso de resultados.
E começo assim uma longa e penosa busca por ‘especialistas’, tanto dentro das visões ortodoxas como das medicinas naturais ou alternativas. O problema da fala se aprofunda ainda mais e seu comportamento se torna incontrolável para ele mesmo. Dizia-me: ‘Mamãe, vamos para casa’, e se fechava em si mesmo. ‘Para casa?’ me perguntava. ‘Qual casa?’
Isolada, muitas vezes hipersensibilizada, sigo sem guia externo para soluções mais profundas. Notava que muitos estímulos do ambiente externo, tais como sons elétricos de jogos, aglomerações de pessoas, ambientes muito grandes e fechados como cinemas e circos, alteravam meu filho. Não conseguia expressar-se verbalmente, mas começava a atuar agressivamente. De alguma maneira, recebia mais variedade de estímulos, ou de forma aumentada. A única certeza que eu tinha era de que ele estava sofrendo.
E tomo a segunda decisão pessoal: se este mundo é um lugar muito agressivo para meu filhinho, então, a tanto sofrimento resolvi contrabalançar com muitíssimo prazer. De que ele mais gosta? A água. E vamos juntos.
A piscina é para recrear-se, nada de técnica de natação, só brincadeira. Ali descubro que ele não tem pressa e é atento a tudo. Nadador nato salta do trampolim sem medo algum. Vou como baleia lenta e vejo que meu filhote me segue. Somos marinhos, somos do mar.
Ele recupera o sorriso plenamente.
Porem, de vez em quando volto a escutar o mesmo pedido: ‘Mamãe, vamos para casa’. Neste caminho de reencontro com a alegria e o prazer, se sobrepõem vários diagnósticos presumíveis, vários rótulos precisos. Não há causas conhecidas para estes diagnósticos, mas é assim que muitas instituições que se dedicam a atender a ‘estas crianças’, os denomina. Como muitas suposições se tomam como fatos, esta posição é-me pouco profissional. Sou cientista, e sei que a ciência não fornece certezas. É melhor então duvidar.
Durante anos trabalhei dentro do sistema de saúde como paramédica, em hospitais públicos e privados, em Buenos Aires, particularmente com crianças. Tive a oportunidade de licenciar-me em Ciências Biológicas, na área de Genética Molecular e biotecnologia, e este caminho de informação e experiência laboral tem me fornecido a massa de minha torta pessoal, mas sem assar.
‘Ele não tem problemas, faz o que quer. O problema, somos nós porque queremos que faça outra coisa’, comenta o avô, observador e sábio. Secretamente me pergunto como será fazer somente o que quero. ‘Uma criança Índigo? Como é isso?’

E a massa da torta começa a assar. As leituras me oferecem um angulo a mais de observação; há mais do que eu posso conseguir ver. Outra vez penso em sua vida completa, desde o nascimento, e a história de seus quatro anos de vida adquire uma perspectiva diferente. Cada dia que passa, sou mais observadora. Descubro assim outra fita grossa do laço, mais alem das palavras. Meu filho lê minhas emoções.
‘Não chore mamãe’, me dizia uma e outra vez, quando estava indignada.  Repetia esta frase ate que efetivamente a emoção me surgia, e eu começava a chorar. Fui me deixando guiar por suas frases aparentemente incoerentes, descobrindo qual era o verdadeiro motivo de sua raiva, e muitas de minhas tristezas se foram com minhas lágrimas.
Simular alegria ou segurança, não é fácil, muito menos frente a um “técnico especialista em radiografia sensitiva”. O fundo é o que conta e a superfície é mera decoração. Vou compreendendo passo a passo o que significa ser autentico.
‘Mamãe, que significa ser mamãe? Não, não me abrace, assim não, diga-me com palavras’, disse-me meu filho maior. Não tenho descanso. Tenho que encontrar minha síntese pessoal para esta resposta.
Porventura, não conheço outra forma de aprender a viver que não seja fazendo, assim como aprender a caminhar: passos acertados e passos equivocados. Com três anos, meu filhinho monta quebra-cabeça de 60 peças… e ao contrario: a imagem fica para baixo. Como faz? Ele está com um psicoterapeuta ortodoxo, que não tem nenhuma explicação para isto, mas tampouco a busca.
Repentinamente, aos 4 anos, como que fazendo um trabalho comigo, começa a apertar certos pontos de meu corpo, sistematicamente. Sempre os mesmos: na frente, um ponto na cabeça, outro em meu peito. Tudo sem palavras, somente com a pressão de seu dedinho. Decido praticar Reiki, e logo trato de aplicar-lhe enquanto dorme, mas descubro que percebe algo e desperta. Acredito que as qualidades vibratórias naturais que possui, são mais curadoras que as que eu posso canalizar.
Resolvo amplificar meu mundo de percepção; procuro aproximar-me do seu. Desde então, temos um melhor vínculo e compreendo muito mais seu mundo, porque também é o meu. De modo que vou mudando meu próprio eixo individual.
‘Senhora, seu filho sofre de um transtorno de desenvolvimento’! ‘Senhora, seu filho tem ADHD.’ ‘Senhora, seu filho está contaminado com metais pesados’. Senhora, seu filho precisa…’
São muitos os caminhos que se abrem a partir deste ponto, não sei qual escolher. Sigo, sobretudo com a alegria, sempre a brincadeira, e juntos. A percepção do entorno pode ser ameaçador; mas ele e eu somos aliados. Chegará o momento em que poderemos cortar nosso cordão, é preciso chegar à casa, também na Terra. E, um belo dia, poderei compreender profundamente o que significa para meu filhinho, aquilo de ir para casa.
E digo as palavras mágicas sinceras: ‘Filho, a mim também me custa estar aqui, mas esta também é nossa casa’.
Desde então, estamos em vias paralelas, mas pouco a pouco, ambos fazemos o céu que precisamos trazer para cá. Parece que aprendi a lição. Pois a sugestão de voltar para casa não se repetiu desde então. Eu digo que está absolutamente certo, e seria maravilhoso se meu filho tivesse tudo o que precisa. Em primeiro lugar ele precisa mais do que ninguém que o amemos, o aceitemos como um ser humano único, com um nome próprio que é permanente, porque os diagnósticos passam.
Necessita de um mundo onde não haja contaminação ambiental, assim como todos nós. Necessita de pessoas que não o trate de enquadrar em algum nível de conhecimento fixo, porque a natureza é mais sábia que qualquer um de nós individualmente. Todos nós estamos sendo movidos por forças maiores que nossa compreensão teórica e vivencial. A ordem está no conjunto.
Segundo meu ponto de apreciação desse conjunto, hoje estamos dentro de uma crise evolutiva, quer dizer, estamos sendo forçados a encontrar um novo equilíbrio, que tem expressão nos vínculos interpessoais, e por extensão nas estruturas sociais: família, escola; sociedade. Assim também, no mundo orgânico, o estado de equilíbrio que chamamos saúde, está se movendo. Ser mais sensível implica captar com maior amplitude o estado de desordem que impera.
E o que fazemos nós, os país, com crianças que percebem mais que nós? Esta é uma decisão pessoal com muitas implicações, tanto para a vida das crianças como para a dos pais. Se acompanharmos a individualidade de cada filho, reconheceremos em nós muitas crenças pessoais que teremos que modificar para dar a eles a oportunidade de expressar sua natureza.


A “Criança Nova” dirá: Meus Pais, eu sou em vocês, e vocês são em mim, para trazer renovação ao mundo caduco, e o mundo da hora “doce” será.

Fonte: extraido do livro NIÑOS ÍNDIGO Nuevos seres para una nueva Tierra - Sandra Aisenberg - Eduardo Melamud

Tradução: sandraferris@globo.com