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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Índigo: Hipersensibilidade, Intuição e Raiva


Maria Dolores Paoli

Temos que lembrar que nossa missão como pais e docentes destas crianças é servir de ponte entre esta particular sensibilidade e inteligência para ajudá-los a canalizá-la para que possam ser úteis a humanidade.

A hipersensibilidade das crianças Índigo se manifesta física, emocional, psíquica e espiritual.


Sensibilidade física

Fisicamente, seus sentidos estão mais ativos, sua vista abarca um maior campo visual percebendo tonalidades de cores que os adultos, vibrando em terceira dimensão, não captam. Por isso, são hipersensíveis a luz fluorescente pelo que podem apresentar uma distorção de percepção ocular a qual acarretaria problemas de leitura e escrita. Podem, desde muito pequenos, perceber facilmente a aura das plantas, dos animais e das pessoas.

Utiliza sua intuição visual percebendo a energia, a freqüência de luz, que emana das pessoas ou objetos. Por exemplo, se chamarmos um bebê mentalmente, intuitivamente, o bebê olhará em direção a origem da emanação da energia, captada inicialmente por uma freqüência de onda mental e buscará de onde vem a luz que está percebendo. Seu alerta vai alem de seus sentidos físicos, utiliza os “supra-sentidas” (extensão dos sentidos físicos que vibram em um nível mais sutil, mas que se apóiam nos sentidos físicos para desenvolver suas antenas interdimensionais).

Auditivamente percebem decibéis de maior alcance pelo que são muito sensíveis a ruídos estridentes, os quais os deixam atordoados. Por outro lado, seu sentido olfativo está muito associado a identificação. Com grande facilidade captam a vibração olfativa que emana do odor da pessoa, lugares, objetos, igualmente detectam odores a distancia. São muito sensíveis a odores químicos que os irritam e desequilibram, assim como o odor ao tabaco, perfumes, pesticidas.


Quanto ao gosto vemos que tem preferências e inclinações muito definidas desde tenra idade no que diz respeito aos alimentos. Tendem mais a ser vegetarianos espontaneamente desde pequenos, com maior inclinação pelas frutas. Desenvolvem freqüentemente sensibilidade reativa ou tóxica por determinadas comidas, em especial aquelas que têm aditivos, conservantes e corantes. Quanto ao tato, é o órgão através do qual manifestam maior sensibilidade. Reagem a nível cutâneo com urticárias e alergias a tudo o que não é feito com materiais cem por cento naturais, vem daí seu incomodo a roupas íntimas engomadas, as etiquetas e as misturas de materiais sintéticos em contato com a pele.

Os Índigos dormem menos, podendo descansar plenamente em quatro horas, enquanto que nós os adultos, de terceira dimensão levamos oito horas para nos recuperarmos. Comem menos e tem mais energia podendo, como Índigos adultos, ser mais produtivos em menor tempo, pois tem a capacidade espontânea de comprimir o conceito de tempo cronológico. Para eles não há tempo linear, somente interdimensional.

Sensibilidade emocional

Quanto à parte emocional, sua sensibilidade se manifesta na habilidade de ler as “agendas” dos demais, pois, através de seus “supra-sentidos”, percebem a nível celular o que está acontecendo. Por isso não aceitam o jogo de poder, da autoridade. Eles captam que a autoridade é um mecanismo de controle baseado no medo e esta é uma energia própria da terceira dimensão que não tem cabida na quarta dimensão.

O medo é capitaneado pelo Ego, o que nos fez esquecer nossa origem divina, e que tem como pilar de sustentação a separação, a dúvida e se manifesta, entre muitas outras coisas, pela mentira, controle, manipulação, superioridade, inferioridade, impulsividade, violência. Estes são mecanismos através dos quais os Índigos não funcionam, se rebelam, confrontam, pois não é uma energia inerente a sua freqüência devido a que o medo é aprendido, quer dizer, não é intrínseca a nossa essência. Eles vêm para criar uma sociedade baseada no amor, na cooperação. Na mudança, o medo separa, compete, desqualifica, por isso não se alinham com a imposição ou em contrapartida, a submissão. Rebelam-se alegando o respeito a sua individualidade, fazendo alarde da realeza de sua essência. Para eles, a honestidade e a abertura são a base do respeito, a autenticidade e a visibilidade é seu mecanismo de vida, todos estes, atributos próprios da quarta dimensão. É daí que confrontam os adultos ao trabalho das emoções, do autoconhecimento, do discernimento de nossa abordagem em nos relacionarmos, revisando se é a partir do medo ou a partir do amor.

Sensibilidade psíquica e espiritual

Psiquicamente, ao estarem mais integrados com sua essência, manifestam dons e capacidades que nós, a partir da limitação da terceira dimensão, consideramos poderes psíquicos, mas, realmente, é a utilização de sua qualidade divina expansiva. Daí que venham com inerentes capacidades de cura, manejo de energias a distancia, conexão livre e direta com a supra-consciência, seu Eu Superior, manifestando-se em telepatia, clarividência, clariaudiência, intuição, sonhos premonitórios. Ao estar seu nível de consciência mais expandido podem antecipar com grande facilidade as vibrações das pessoas, objetos, situações, conhecendo de antemão o possível cenário.

Conecta-se espontaneamente com sua intuição, a voz da alma através do coração, a porta de entrada ao interdimensional. Daí sua grande sensibilidade. Nós, os pais e educadores, deverão preservar respeitar, não bloquear ou submeter essa habilidade, pois, lamentavelmente, é preciso somente um comentário ou invalidação insensível da parte do adulto para desconectar a criança de sua intuição.

Ela é seu bastão de proteção, a que o mantém a salvo, fora de perigo conectando-o com seu Eu Superior. No milênio passado se ofuscava a importância que tinha a intuição porque tudo o que não era concretamente comprovável se desdenhava. Com essa atitude afiançamos nosso distanciamento de nossa essência, nos desconectamos de nosso coração, substituindo nosso valor por elementos de aprovação externa. Então, mudamos a conexão do ser pelo ter como forma de nos sentirmos seguros e aceitos.

A intuição não é irracional, não requer que se lhe invalide ou ignore através da razão, nem através da desconexão de nossos sentidos. Os sentidos são para complementar e apoiar a intuição, para dar-lhe informação, para incentivar-nos a ter atenção no que acontece ao nosso redor e relacioná-lo. Ensinar as crianças que ouçam seu coração com a atitude de que honrem o que sentem, é a melhor forma de afiançar a intuição neles. Ao alimentar sua intuição se oferece a criança um mundo amistoso, cheio de aventuras, divertido, porque saberá retirar-se de pessoas e situações que não lhe são benéficas, seu coração lhe dirá e ele o implementará na medida que respeitemos e validemos sua intuição. A intuição é como um músculo que precisa ser exercitado para ser receptivo e nós, adultos estamos no papel que representa guiar nossos filhos a consolidar este sexto sentido.

Se os pais se inclinam a que os filhos se centrem no cumprimento de metas, a avaliar a vida somente pelo resultado, não tolerando equívocos, as crianças viverão somente para conseguir êxito, independentemente de como consigam fomentá-lo para obter a aprovação de seus pais. Estas condições ativam o medo nos filhos, tornando-lhes difícil alinharem-se com a intuição, já que o medo torna opaca a intuição e por isso crescemos ouvindo mais nossos medos que a nossos corações. Cada dia, as crianças carregam as expectativas e ambições dos pais sobre seus ombros, pois que o temor é sua força condutora. Por isso, a melhor forma de assegurar que as crianças cresçam seguras é que se sintam motivadas por um sentido de guia interior, em vez do temor.

As crianças Índigo já vêm com sua intuição ativada porque utilizam uma maior porcentagem do cérebro e uma maior relação entre o lóbulo esquerdo e direito. No entanto, se não nos tornamos solidários com suas capacidades, nós podemos bloqueá-las e ativar muita frustração e raiva neles. Para ajudar as crianças a nutrirem sua intuição, o mais importante que devem fazer os adultos é cultivar a presença na ação e escutá-los com atenção.

Índigo e raiva

A raiva é uma emoção que é considerada normal ao senti-la. Todos os seres humanos, tanto grandes quanto pequenos, vivem tem vivido esta emoção. No entanto, é normal porque a maioria das pessoas a tem experimentado, mas não é natural porque não é intrínseca a essência do ser humano, já que não nascemos com ela senão, que a vamos aprendendo no caminho da vida por modelagem, pelo que a conduta se imita depois que se a tenha visto ser executada no entorno.

À medida que as crianças Índigo vão crescendo vamos observando, com certa freqüência, que tendem a se por raivosos. Para entender esta manifestação possível se requer entender o processo da raiva. A raiva é uma emoção que se nutre de necessidades insatisfeitas cujos pilares estão fundamentados na injustiça, impotência, no pensamento de exigência e culpa.

As manifestações de raiva física, ventilada, se notam nos gestos de contração no corpo como punhos cerrados, em tensão muscular de cara refletida em cenho franzido, caretas com a boca, ranger de dentes, contração da mandíbula, olhos fora de orbita, tensão das cordas vocais, expressando-se ao subir o tom de voz, o grito, atropelo ou abuso verbal e um maior regar sanguíneo que aumenta a temperatura. Estas podem ter sido vistas inicialmente no círculo familiar primário como são os pais, irmãos; secundariamente, com avós, tios e demais familiares e/ou terciariamente, que é no meio ambiente, o colégio, a televisão e outros meios de comunicação. A influencia se minimiza a medida que o círculo se distancia do entorno imediato da criança.

Se reagirmos visceralmente aos estímulos, sem modelar a calma, as crianças aprendem que esta conduta é a adequada e a copiam acionando-a quando se sentem frustrados e as coisas não lhes saem como eles desejam e esperam. Nossa reação lhes dá um padrão, uma forma de perceber os fatos. Com ela lhes proporcionamos uma avaliação do estímulo, sejam com nossas palavras ou com nossos gestos, que logo vão imitar.

A raiva é um alerta de que não estamos sabendo manejar um aspecto emocional em nossas vidas. Por isso, se atuamos com calma ante uma situação de frustração lhes estaremos dando o melhor presente de modelo, a melhor ferramenta para usar nas tensões no futuro. As crianças aprendem mais pelo que vivem do que pelo que ouvem. Portanto, esta emoção se dá quando não se pode usar o contraste das emoções fortes entre o que se deseja e o que se consegue.

No Índigo, o contraste forma parte de sua cotidianidade. Vive emoções fortes entre o que sua inteligência espiritual lhe proporciona e o que capta de seu entorno material. Custa-lhe utilizá-lo, pois, por sua mesma condição de expansão, captam multidimensionalmente energias de outros planos mais sutis que o confrontam com a densidade da realidade da terceira dimensão, sentindo um embate energético. Este aspecto se dá majoritariamente no ser Índigo que está há muito tempo sem reencarnar e que vem assistir a humanidade na passagem de transição para outra dimensão.

A eles custa muito usar a densidade do corpo, o sentem como um freio a sua sutileza, seus pensamentos são mais velozes que sua articulação e sentem impotência com as ferramentas de comunicação, tais como; ler, escrever, repetir, pois são métodos muito lentos para a sua própria velocidade de vibração. Também lhes custa por em prática a paciência, pois em seus mundos sutis a manifestação do desejo ou da intenção é imediata, o tempo entre estímulo e resposta não se faz esperar.

Na mudança, na terceira dimensão o impulso se demora a que passe por todas as matrizes de criação e se consiga concretizar. Seus pensamentos de exigência que ativam a raiva são mais altruístas porque desejam nossa evolução, que tiremos a venda da ignorância de quem somos para que possamos perceber nossa essência e atuarmos de acordo com ela. Para isso, precisamos fazer um esforço de desembaraçar-nos das emoções que nos empacam, como o medo. Portanto, nos confrontam com ele na no cotidiano, não fazendo caso das ameaças, coerções, castigos que lhes tratamos de impor, fruto da necessidade do controle, produto da mesma emoção.

A impotência que sentem é por encontrar ainda muitas arestas para aparar no meio ambiente, muitas condições impostas lares e colégios, que o pretendem atar a exigências que para eles já são obsoletas, absurdas, como ter que aprender de memória as lições, perder tempo na repetição de detalhes quando sua visão é mais do todo. É holística. Seu sentido de urgência alimenta sua impotência. Por isso, observo com freqüência que em seu vocabulário a palavra injustiça é recorrente. A expressão “não é justo” se cola em seus pensamentos, pois choca com sua profunda necessidade de ser respeitado desde pequeno, de viver um sistema horizontal não vertical, de participação não de autoridade e de levar a cabo a mudança que já está presente nele.

Como ajudar-lhes?

Quando validamos estas necessidades observamos que as crianças fluem mais em função de sua missão de vida. Há menos confrontos com os adultos pois os sentem como aliados, assistentes, para levar ao fim seu propósito de vida. Por isso, é recomendável que o adulto articule a presença da emoção da raiva neles, por exemplo: “parece que você está muito bravo”, em vez de cortar a emoção e reprimí-la como: “Como pode pensar em ficar bravo?” Depois, permita a criança descarregar a tensão do músculo, correndo, pulando corda, jogando bola, de forma que o músculo libere a tensão através do movimento e possa relaxar.

No entanto, quando omitimos estas condições vamos cortando sua conexão com sua inteligência espiritual devido a nossa repetição, a imposição de nossos critérios, e ao fazê-lo os densificamos, os contaminamos e observamos, então, inteligências postas ao serviço da incoerência, crianças raivosas, frustradas, que se tornam violentas.

Há que se lembrar que nossa missão como pais e docentes destas crianças é servir de ponte entre esta particular sensibilidade e inteligência para ajudá-los a canalizá-la para que sejam úteis a humanidade e reconhecer que em sua experiência dentro da tridimensionalidade absorvem os modismos que nós temos modulado, ainda que sua intenção seja mais sutil. Assistindo-os, ajudamos a nós mesmos.


Fonte: Extraído do livro “Consciência Índigo: Futuro Presente”


Tradução:sandraferris@globo.com






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